Jornal Estado de Minas

PRODUTO FALSIFICADO

Polícia Civil investiga fábrica clandestina de amaciantes em Pará de Minas


A Polícia Civil instaurou inquérito nesta segunda-feira (2/5) para investigar uma fábrica clandestina de amaciantes em Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado. Sete pessoas foram detidas nesse domingo (1/5) pela Polícia Militar, que chegou ao local durante atendimento a uma ocorrência de briga de casal. Todas acabaram liberadas por falta de provas após serem ouvidas.



De acordo com a PM, o espaço estava equipado, aparelhado e instalado com linha de produção e maquinário. Os produtos eram fabricados em um galpão no fundo do imóvel.



Também foram encontradas diversas caixas, vasilhames, adesivos com instrução de uso e embalagens para envasar e acomodar a substância rotulada com a marca “Comfort”.

O homem, de 56 anos, e a mulher, de 48 anos, relataram que eram encarregados pela seleção e recrutamento de pessoal para trabalhar na produção.

Os militares fizeram contato com outros cinco homens em um alojamento dentro do galpão. Todos disseram ser funcionários da fábrica e negaram conhecimento sobre o amaciante falsificado.

Eles contaram que recebiam R$ 50 por dia de serviço e que a empresa funcionava há cerca de quatro meses. O proprietário seria de Nova Serrana.

A Polícia Civil informou que dará sequência às apuraçõs para identificar os envolvidos.





Polícia Militar apreendeu diversos vasilhames para armazenar o amaciante falsificado (foto: Divulgação/PMMG)


Falsificação


Em fevereiro de 2022, o Centro-Oeste de Minas Gerais foi palco da maior apreensão de sabão em pó falsificado pela Polícia Civil - cerca de 300 toneladas. Parte do produto foi encontrada em Divinópolis e São Gonçalo do Pará. Houve ainda buscas em Nova Serrana.

Ao todo, 16 empresas envolvidas no esquema já foram identificadas pela Polícia Civil. Dentre elas estão supermercados, atacarejos e centros de distribuição. Algumas, inclusive, são apontadas como companhias fantasmas.

A suspeita é que a organização criminosa lucrava aproximadamente R$ 3 milhões por mês com atuação em Minas Gerais e no Espírito Santo.

A Polícia Civil não apontou se a fábrica clandestina de amaciantes em Pará de Minas tem relação com o esquema de sabão em pó falsificado.

*Amanda Quintiliano - Especial para o EM