Jornal Estado de Minas

SEM PONTO FACULTATIVO

Kalil sobre feriado no comércio e escala de ônibus: 'Sabotagem explícita'

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou, nesta terça-feira (1º), que a prefeitura de Belo Horizonte foi sabotada. Depois de decretar que a capital mineira não teria feriado de Carnaval e acordado com representantes do comércio que a cidade iria funcionar normalmente, houve redução do quadro de horário do transporte coletivo e as lojas permaneceram fechadas. O chefe do Executivo municipal garantiu que as empresas de ônibus serão multadas e criticou a Câmara dos Diretores Lojistas (CDL).




 
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Sem ponto facultativo em Belo Horizonte, o transporte público deveria funcionar normalmente, mas usuários reclamaram que a escala foi reduzida. Kalil garantiu que as empresas de ônibus serão multadas, mas disse que não tem tanta efetividade. “É multa pesada. E adianta? Eles não pagam, vamos ser sinceros. Vão ser multados como manda a lei, mas do que adianta se a população está sendo sacrificada por sabotagem? Não adianta. A multa vai aliviar esse povo sofrido que tá aí pegando ônibus? Não. O transporte público tá em crise e estão tentando sabotar. Já é difícil administrar e agora existe esse esquema de sabotar a prefeitura, que não vão conseguir”, afirma o prefeito.
 
Em janeiro, Kalil fez um apelo aos comerciantes para que abram suas lojas normalmente durante o Carnaval. Ele ressaltou que estava planejado para a cidade funcionar normalmente até que outras decisões foram tomadas por suas costas, como divulgado pela CDL de que os trabalhadores do comércio da capital não poderiam ser convocados para trabalhar no feriado, conforme Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
 
O prefeito afirmou ainda que essa confusão foi feita de maneira pensada. “Essa confusão foi feita na hora que os comerciantes foram ao meu chamado na prefeitura, eu não impus nada, pedi um acordo. A CDL, que já devia ter fechado porque o presidente nem loja tem, é político, foi lá e tumultuou tudo dizendo que não ia ter nada, queria atrapalhar. Ninguém fala que foi avacalhado, a culpa é da prefeitura. Estava acertado que ia abrir tudo, já tinha data para repôr os dias, mas a sabotagem é explícita. Se fosse feriado, se os comerciários tivessem falado na minha sala que ia abrir essa confusão não estava feita”, destaca.





Ele continuou com o tom crítico ao presidente da CDL, Marcelo de Souza e Silva: "Tentam avacalhar a prefeitura, vive enfiado em gabinete de oposição na Câmara Municipal em vez de cuidar do comércio, como cuida a Fecomércio, Sindilojas e gente que realmente tem lojistas importantes e grandes e querem ajudar".  Kalil concluiu: "O problema deles é atrapalhar, então vamos lembrar a população de Belo Horizonte: tava tudo certo, conversado sem decreto e com diálogo. Foram lá e avacalharam. Vamos sabotar o comércio, o transporte público e agora estão tentando sabotar a prefeitura. Já não temos um governo que não ajuda em nada, zero, e agora temos sabotadores de plantão."

Visita

Na manhã desta terça-feira (1°), Kalil esteve na Horta Coqueiro Verde, no bairro Conjunto Paulo VI, Região Nordeste de Belo Horizonte, onde conversou com a imprensa. Em visita oficial, ao lado  da primeira-dama, Ana Laender, foram feitas entregas de novos equipamentos de proteção e manejo para o trabalho de agricultores urbanos. 
 
 
Visita do prefeito Alexandre Kalil (PSD) na Horta Coqueiro Verde, no bairro Conjunto Paulo VI, Região Nordeste de Belo Horizonte (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
Essa é a última de cinco entregas previstas pelo projeto Agroflorestas e Hortas Urbanas, realizado pelo Movimento Gentileza, em parceria com a PBH. “Este projeto é uma lição de modernidade", enfatizou Kalil.