Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Governo de MG tentará coibir 'aglomerações não organizadas' neste carnaval

Assim como grande parte do Brasil, Minas Gerais terá um carnaval marcado por eventos particulares, sem festas nas ruas por conta da pandemia de COVID-19. Segundo o governo mineiro, a orientação é para que não haja "aglomerações não organizadas" neste período.



O carnaval tem início nesta sexta-feira (25/02) e segue até a próxima terça-feira (1).

A posição é do secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti. Ele afirma que o cenário da COVID no estado é melhor do que em outros eventos marcados por encontros, como no Natal e réveillon.

"Talvez vocês lembrem de algumas coletivas atrás, ainda em dezembro, que o carnaval me preocupava menos do que o final de ano. A gente chega no carnaval com mais de 40% da população aí com reforço, principalmente idoso, com mais da metade das crianças vacinadas, como era previsto lá atrás, então, em questão vacinal, cobertura vacinal, estamos no melhor momento da pandemia, isso foi visto dessa forma, e temos uma queda com a variante Ômicron. Dificilmente, teremos um repique importante agora, mas o vírus continua circulando, ainda estamos tendo mais de 10 mil casos diários, ou seja, o vírus da COVID continua circulando na população. Menos do que há uma semana, menos do que duas semanas, mas mais do que a gente gostaria", disse, em entrevista coletiva nesta sexta, na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas.

A título de exemplo, nas últimas 24 horas, Minas teve 11.610 casos de coronavírus e 123 mortes pela COVID – 3.181.947 diagnósticos positivo totais, com 142.931 pacientes em observação, 2.979.477 altas médicas e 59.539 mortes.



O secretário diz que os eventos que acontecerem deve seguir os protocolos devidos e que a segurança pública está orientada a intervir em qualquer desordem.

"O carnaval ainda será incentivado em relação ao selo de eventos seguros, da Secretaria de Cultura, que obriga aos eventos ter, utilizarem e respeitarem os protocolos sanitários do estado. Então, vários destes eventos estão com esse selo seguro, é muito importante, e as forças de segurança, Polícia Militar, sabem quais eventos têm e quais não têm. A polícia está orientada pelo governador desde há algumas semanas que evitaremos as aglomerações não organizadas para evitar qualquer tipo de risco, mas o risco do carnaval continua sendo menor do que Natal e réveillon, mas ainda o vírus circula e temos que ter cuidado", completa. Em Minas, de forma geral, o carnaval é marcado por festas de rua.

A segurança pública, contudo, vive um impasse em relação ao governo. A categoria está em greve desde a última segunda-feira (21), como forma de reivindicar recomposição salarial, e mantém a posição.

Mesmo paralisados, os policiais precisam manter contingente mínimo na ativa. O Supremo Tribunal Federal (STF) entende como inconstitucional o direito dos militares à greve. Questionado se este movimento pode impactar no período tradicionalmente festivo, Baccheretti se posicionou.

"Espero que não. A gente sabe que a segurança tem a sua função, a gente tem que garantir todas suas atribuições. Eu sei que o comandante Rodrigo (Sousa, comandante-geral da Polícia Militar) é muito sensível, todos somos, porque esse vírus não pega ninguém específico, pode pegar qualquer um, e eles, sim, estão aderidos dentro da orientação do governador", afirmou.