Jornal Estado de Minas

TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

Cerca de 30 amostras de vítimas de Brumadinho ainda estão em análise na PC

Após a 264ª vítima do rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, ser identificada nesta quarta-feira (29/12), a Polícia Civil afirmou que ainda existem cerca de 30 amostras no laboratório de DNA do Instituto de Criminalística para serem analisadas. 





 

 


Com a identificação de Lecilda de Oliveira, divulgada hoje, seis vítimas continuam desaparecidas. São elas:

  • Cristiane Antunes Campos
  • Luis Felipe Alves
  • Maria de Lurdes da Costa Bueno
  • Nathalia de Oliveira Porto Araujo
  • Olimpio Gomes Pinto
  • Tiago Tadeu Mendes da Silva

Amostras para identificação 


Em coletiva na tarde desta quarta-feira (29/12), o chefe do laboratório de DNA do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, Higgor Dornelas, disse que ainda existem cerca de 30 amostras de segmentos corpóreos de vítimas em processo de identificação. 

“No momento temos cerca de 30 segmentos em análise aqui no laboratório de DNA. Não consigo afirmar quantos ainda estão em análise no IML porque acontece de amostras serem identificadas no instituto, não sendo necessário exame de DNA para isso. É possível ter amostras sendo analisadas no IML que nem cheguem aqui.”, destacou. 

Prazo máximo para identificações


O rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão está próximo de completar 3 anos. A Operação Brumadinho já passou de mil dias desde o início dos trabalhos de buscas por vítimas que foram soterradas pela avalanche de lama que se desprendeu, em 25 de janeiro de 2019. 





Apesar de todo este tempo, segundo Dornelas, não existe um prazo máximo para que a identificação das amostras aconteça. 

“Estamos trabalhando com amostras biológicas e cada uma passa por uma história diferente. Somente através da análise da amostra é que podemos ou não dar o resultado.”

Ele explica que amostras com tempo maior que 3 anos já foram analisadas com sucesso.  

“Temos experiências de trabalhar com restos mortais encontrados 10 anos após o desaparecimento, por exemplo, e tivemos sucesso. Não é possível afirmar por quanto tempo vamos conseguir ter uma análise satisfatória dos segmentos. Com relação aos 3 anos, não é um tempo longo para análises de DNA. É possível fazer uma análise com remanescentes de mais tempo.”
 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira

audima