Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Liga das Escolas de Samba de MG cancela desfile no carnaval de BH em 2022

A Liga das Escolas de Samba de Minas Gerais anunciou, neste domingo (19), que não irá realizar o tradicional desfile de carros alegóricos na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. De acordo com nota divulgada pelo presidente da Liga, Márcio Eustáquio Antunes de Souza, a decisão foi tomada para que não haja a promoção de aglomerações.


Em nota, o presidente afirma que a liga está pensando em outras atividades para serem desenvolvidas ao longo do ano, "mas, em respeito às orientações das autoridades sanitárias, não haverá desfile a fim de não provocar aglomerações e de preservar a vida". 





A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) disse em nota que se reuniu na quarta-feira (15) com representantes das escolas de samba, blocos caricatos, de rua e afro do carnaval de Belo Horizonte quando “reafirmou a decisão da prefeitura de não patrocinar o evento, marcado para o final de fevereiro, bem como não realizar nenhum tipo de cadastro e investimento em infraestrutura”.

Ainda segundo o Executivo municipal, “o objetivo é que, quando as condições sanitárias permitirem, o carnaval de Belo Horizonte volte a ser realizado e continue sendo um dos melhores do país”.

Carnaval

Em coletiva de imprensa realizada em novembro, o prefeito Alexandre Kalil anunciou que a prefeitura de Belo Horizonte não irá patrocinar a festa da capital. Os repasses da cidade aos blocos foram de R$ 14,3 milhões em 2020, o último realizado.

A decisão acompanha a vontade da maioria dos belo-horizontinos. Segundo pesquisa de opinião do Instituto Opus, encomendada pelo Estado de Minas, 78% dos habitantes da cidade são contra a realização da festa popular em 2022. Para 85% dos componentes do grupo que se opõe à folia, o fato de a pandemia de COVID-19 não ter terminado é preponderante.





Nova variante

Vários países enfrentam o aumento de casos frente à descoberta de uma nova variante do coronavírus, a Ômicron. A preocupação das autoridades sanitárias é porque estudos iniciais indicam que a Ômicron tem um alto nível de mutações, que poderiam escapar da cobertura vacinal dos imunizantes que estão sendo aplicados. Países da União Europeia já começaram a adotar medidas para frear a propagação da variante. 

Belo Horizonte já detectou três casos de pacientes infectados com a nova cepa. Segundo o secretário de Saúde, Jackson Machado, os três casos vieram de fora, mas a transmissão comunitária será inevitável.

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