Jornal Estado de Minas

"Grande perigo" passa, mas chuvas ainda podem causar estragos em Minas

Parece que o tempo deu uma ligeira trégua em Minas Gerais nesta sexta-feira (12/11). Depois de chegar a acionar o alerta mais alto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afastou as cidades que estavam em grande perigo por causa das tempestades.




 
Ainda assim, 130 cidades correm "perigo" pela chuva, que ainda pode continuar forte, mas com índices que não devem chegar aos 100mm. Ventos de tempestade, que são aqueles de até 100km/h, podem voltar a atingir os municípios.

O risco de queda de árvores, desligamento de energia elétrica e deslizamentos de terra é grande, segundo o alerta. Mesmo com esse cenário não muito otimista, a situação é considerada "menos grave" do que a registrada ontem.
 
Além do alerta pontual para os municípios, outras cidades do Triângulo, Vale do Rio Doce, Central, Sul e Sudoeste de Minas podem ter problemas com o acumulado de chuvas, que aí sim podem passar dos 100mm.




A meteorologia pede atenção para moradores próximos a encostas e locais onde costumeiramente acontecem alagamentos.

Ataléia decreta estado de atenção

A cidade, de quase 13 mil habitantes, no Vale do Jequitinhonha, foi uma das mais afetadas da região. Uma casa desabou e várias ruas foram danificadas pela força das tempestades que aconteceram desde terça (10/11) até esta quinta (11/11).
 
"Choveu em Ataléia mais de 100mm nas últimas 24 horas. Reunimos com os secretários e determinamos diversas ações emergenciais, como atendimento às famílias que tiveram suas casas atingidas em função das fortes chuvas", disse o prefeito Gilson Botelho (Solidariedade). 
 
A Defesa Civil de Ataléia ainda faz um trabalho de diagnóstico da situação. Até o momento, não houve registro de mortes.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também foi acionado para que as equipes possam desobstruir a entrada da cidade, onde várias barreiras caíram.




 
"As escolas estão com as aulas suspensas até segunda ordem, pois estão sendo utilizadas para alojamento das vítimas e local para preparo da alimentação que está sendo entregue para as famílias atingidas pelas chuvas", completou o chefe do Executivo, que não descarta a possibilidade de decretar estado de calamidade, se as chuvas continuarem.
 
Ataléia segue no alerta de perigo por tempestades nas próximas horas
 
Cabeça d'água no Ribeirão São Lourenço alagou parte da região central de Aricanduva, no Vale do Jequitinhonha (foto: Prefeitura de Aricanduva/Divulgação)

Problemas causados pela chuva

Aricanduva, no Vale do Jequitinhonha, saiu do alerta de perigo, mas o acumulado de chuvas ainda pode causar problemas. Na noite de ontem o Ribeirão São Lourenço foi atingido por uma cabeça d'água (o aumento rápido e repentino do nível de um rio corrente ou cheio, devido a chuvas nas cabeceiras ou em trechos mais altos de seu percurso).

A região central do município foi alagada, e algumas casas atingidas. O trabalho de limpeza já está sendo realizado.
 
Timóteo, no Vale do Aço, ainda se recupera da tempestade que causou vários danos. Deslizamentos de terra preocupam as autoridades locais, que temem especialmente o fim de semana, quando pode chover até 70mm.




 
Em Pará de Minas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma cena inusitada: as bordas de um lago transbordaram, e dezenas de peixes invadiram uma avenida.

Veja quais são as cidades que ainda estão em perigo por chuvas