Jornal Estado de Minas

TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

Polícia identifica mais uma vítima da tragédia de Brumadinho

Mais uma vítima do rompimento da Barragem de Córrego do Feijão, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, foi identificada. A identificação foi confirmada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (10/11).



''A identificação foi realizada por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA'', informou a corporação. Mais informações serão repassadas em coletiva de imprensa ainda nesta tarde.

De acordo com a Comissão dos Não Encontrados, trata-se do corpo encontrado no dia 2 de outubro na região conhecida como Ferteco 1.

''Reforçamos nosso agradecimento ao Governador Romeu Zema por manter o compromisso de continuidade das buscas possibilitando os encontros das nossas joias'', informou a comissão por meio nota.

''Estendemos o agradecimento ao corpo de bombeiros e todos os envolvidos que direta ou indiretamente contribui para que todas sejam encontradas'', acrescentou. 

Em 6 outubro, a a Polícia Civil havia identificado outro corpo.  Tratava-se de Angelita Cristiane Freitas de Assis, que morreu aos 37 anos. Ela trabalhava como técnica de enfermagem do trabalho, era casada e tinha dois filhos.



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Ao todo, 262 pessoas que morreram em decorrência do rompimento da barragem já foram identificadas. Oito vítimas continuam desaparecidas. São elas:

  • Cristiane Antunes Campos
  • Lecilda de Oliveira
  • Luis Felipe Alves
  • Maria de Lurdes da Costa Bueno
  • Nathalia de Oliveira Porto Araujo
  • Olimpio Gomes Pinto
  • Tiago Tadeu Mendes da Silva
  • Uberlandio Antonio da Silva

As buscas

A Operação Brumadinho já passou de mil dias desde o início dos trabalhos de buscas por vítimas que foram soterradas pela avalanche de lama que se desprendeu da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, de propriedade da Vale, em 25 de janeiro de 2019.

O Corpo de Bombeiros começou, em setembro, a utilizar uma nova estratégia que pode diminuir em dois anos o tempo de buscas – antes, a previsão era de que elas poderiam levar mais quatro anos até chegar ao fim.

Conforme o Estado de Minas mostrou no mês passado, a operação está ancorada no momento em estações de busca na área onde funcionava o Terminal de Carga Ferroviário (TCF) da mineradora. Essas estações abrigam um maquinário capaz de melhorar a observação do rejeito revirado, pois já é utilizada para "peneirar" o minério e foi adaptada especificamente para a operação.

Esse novo método é baseado na segregação granulométrica. Um maquinário recebe o rejeito que ainda não foi vistoriado e separa para vistoria de acordo com a gramatura do material.

Dentro da cabine, dois bombeiros observam atentos tudo que passa pela esteira e, em caso de visualizar algum objeto que possa ser segmento de corpo, o operador interrompe a máquina, o material é recolhido e enviado para análise do Instituto Médico-Legal (IML). (Com informações de Déborah Lima)




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