Jornal Estado de Minas

DESAPARECIDOS

MG tem primeiro desaparecido identificado após mutirão de coleta de DNA

O mutirão coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio dos estados, para coletar DNA em busca de pessoas desaparecidas começa a dar resultado em Minas Gerais. Isso porque uma família teve notícia de um ente que, até então, tinha seu paradeiro desconhecido.





Segundo o ministério, uma família identificou restos mortais de um ente que estava desaparecido. A identificação foi realizada pelo banco estadual de perfis genéticos. No estado, a instituição é responsável por colher materiais e analisar. De acordo com a Polícia Civil, trata-se de um homem, desaparecido em Minas Gerais, que foi necropsiado no estado do Espírito Santo, no dia 21 de julho de 2015, ficando como desconhecido, e que graças à coleta de material genético da filha do desaparecido, no dia 5 de julho de 2021, em Minas Gerais, pôde ser identificado.

Ainda de acordo com a pasta federal, 18 famílias do Brasil tiveram informações sobre entes que estavam desaparecidos. Além de Minas Gerais, a identificação dos restos mortais foi constatada nos estados do Espírito Santo (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (7) e no Distrito Federal (3).

A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas foi realizada entre os dias 14 e 18 de junho em todo o Brasil. Ao todo, quase 2 mil famílias que têm algum parente desaparecido tiveram o material genético coletado. 




 
Familiares que tenham entes com paradeiro desconhecido podem buscar um ponto de coleta para doar materiais genéticos.

Na Região Metropolitana de BH, por exemplo, há três pontos: na capital, o Instituto Médico Legal (IML) faz a coleta; em Betim, interessados podem procurar o Posto de Perícia Integrada, enquanto que em Vespasiano a coleta é feita na delegacia da cidade. Mais locais podem ser consultados por meio do link.

Etapas

Após a coleta, o DNA é enviado para o laboratório de genética forense da instituição de perícia oficial dos estados, onde é analisado e o perfil genético obtido é enviado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). No BNPG, o perfil genético coletado é comparado com os perfis de pessoas de identidade desconhecida, de pessoas que buscam por seus familiares e de restos mortais não identificados.

O perfil genético da família só é retirado do banco após a identificação. Isso permite que novas buscas possam ser feitas à medida que os cadáveres e as pessoas de identidade desconhecida sejam cadastrados. Se a pessoa que desapareceu for encontrada, a família será avisada pela Delegacia ou Instituto Médico Legal. 





Atualmente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos tem 4.169 restos mortais não identificados e material genético de 3.152 parentes de pessoas desaparecidas.

Como notificar um desaparecimento

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, estes são são passos para informar as autoridades policiais sobre o desaparecimento de uma pessoa. 

  • Separe o seu documento de identificação e uma fotografia da pessoa desaparecida
  • Se o desaparecimento ocorrer em BH, o solicitante pode comparecer ao prédio da DRPD, localizado na Avenida Brasil, 464, Bairro Santa Efigênia, ou qualquer unidade da PCMG ou da Polícia Militar de Minas Gerais (PM). O atendimento presencial na DRPD vai de 8h30 às 18h30. 
  • Já no interior, a competência investigativa é da delegacia da cidade onde o fato ocorreu. O cidadão deve procurar a unidade policial mais próxima (Polícia Civil ou Polícia Militar). 
  • O familiar também pode optar pelo registro por meio da Delegacia Virtual (https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br/sxgn/).
  • Após o registro da ocorrência, a PCMG elabora um cartaz de desaparecimento, que é amplamente divulgado na internet, nas redes sociais e na imprensa. 
  • Localizou um desaparecido? Ligue imediatamente  para o número 0800 2828 197.

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