A quarta-feira (7/7) amanheceu de uma forma diferente para o trabalhador Rubens Rodrigues, 56 anos, morador do Bairro Santa Terezinha, em Timóteo, no Vale do Aço. Diferentemente de outros dias, nos quais a desesperança falava mais alto, hoje ele renovou a sua fé em dias melhores.
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Nesta matéria, Lauryen contou que estava organizando uma vaquinha virtual para comprar uma carrocinha para Rubens, que trabalha como catador de material reciclável e usa um carrinho de mão para transportar as sucatas que recolhe em um bota-fora do bairro onde mora.
Com a venda desse material ele garante o sustento da mulher e dois filhos.
Com a venda desse material ele garante o sustento da mulher e dois filhos.
O carrinho de mão, pequeno, não comporta os materiais que Rubens recolhe. E, além disso, ele precisa percorrer um caminho cheio de obstáculos para chegar ao bota-fora, como atravessar um córrego, que mais parece um esgoto, cheio de pedras.
A história de vida de Rubens comoveu os leitores do Estado de Minas, que passaram a madrugada fazendo as doações por meio do link da “Vakinha Sr. Rubens”, disponibilizado no texto.
Quando a matéria foi publicada, tinha R$ 20,00 em doações no site. A meta era arrecadar R$ 3 mil. Na manhã de hoje, a vaquinha tinha R$ 3.450.
Quando a matéria foi publicada, tinha R$ 20,00 em doações no site. A meta era arrecadar R$ 3 mil. Na manhã de hoje, a vaquinha tinha R$ 3.450.
“Meu Deus, nem sei o que dizer. Estou muito feliz, de verdade. Não sei como agradecer ao Estado de Minas por essa força”, disse Lauryen, que logo tratou de ir à casa de Rubens, junto com os publicitários que a ajudaram na campanha, para dar a notícia ao trabalhador, homem humilde, que também ficou impactado com o desenrolar da história.
Porteiro, Rubens está desempregado há oito anos
Tímido, sua felicidade ficou contida. “Nossa, foi muito rápido. Não pensei que fosse tão rápido assim”, disse Rubens, que está desempregado há oito anos.
“Eu trabalhava como porteiro, mas desde que fiquei sem emprego, não consegui mais voltar ao mercado de trabalho. Deve ser por causa da minha idade, não é?”, comentou.
Rubens autorizou os jovens que o ajudaram a cuidar de tudo: comprar a carrocinha, emplacar e cuidar da documentação. Como ele é habilitado, vai poder engatar a carrocinha reboque num carro velho, que não anda faz tempo, mas segundo Rubens, vai andar.
Assim, além de continuar a trabalhar como catador, ele diz que vai aproveitar e fazer “uns fretinhos”. Com o aumento na renda, vai dar pra comprar a gasolina do carro velho que vai puxar a carrocinha reboque, cheia de recicláveis.
Rubens agradeceu às pessoas que fizeram as doações e a “meninada” que o ajudou. Agradeceu à sua maneira, dizendo que não sabia como agradecer, mas a ajuda, tão valiosa, que veio por merecimento, não carece de um agradecimento formal. A felicidade de Rubens e sua família é o bastante, pois a alegria deles fez a felicidade de quem ajudou, e tranformou a quarta-feira em um dia especial.