Jornal Estado de Minas

CASO JORGE EGITO

Preso em Portugal homem investigado por golpes financeiros em Mariana

Acusado de crimes como lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, estelionato e exercício ilegal da profissão, o empresário e investidor Jorge Moreira Egito foi preso pela Polícia de Segurança Pública (PSP), na cidade do Porto, em Portugal, nessa sexta-feira (2/7). 





Jorge Egito é acusado de ter aplicado golpes financeiros em mais de 20 pessoas na cidade de Mariana, Região Central de Minas Gerais.
 
O empresário era considerado foragido desde abril de 2021, após a juíza da 1ª Vara da Comarca de Mariana, Cirlane Maria Guimarães, ter decretado a prisão preventiva do investidor.
 
De acordo com o delegado Regional da Polícia Civil de Ouro Preto, Alfredo Resende, a extradição de Jorge Egito para o Brasil vai depender do entendimento das autoridades diplomáticas brasileiras e autoridades jurídicas de Portugal.
 
“Como ele é processado criminalmente no Brasil e não em Portugal, ainda não se sabe o destino das negociações e onde ficará preso aqui em Minas Gerais”.
 
De acordo com o advogado de Jorge Egito, Cristiano Henrique de Oliveira, com o objetivo de garantir a integridade física de seu cliente, foi feito um pedido nesta segunda-feira (5/7) à Justiça para que ele fique em cela isolada quando chegar ao Brasil.




 

Entenda o caso

Um inquérito foi aberto em março de 2021, na Delegacia de Polícia Civil de Mariana, após 15 pessoas acusarem o empresário Jorge Moreira Egito, dono da empresa Jorge Intermediações Ltda, de aplicar um golpe com prejuízo de aproximadamente R$ 15 milhões em operações de compra e venda de ações na bolsa de valores, conhecidas como 'day trade’, com promessas de altos lucros.
 
A partir dessas acusações, o número de denúncias aumentou, chegando a mais de 20, e o caso corre sobre segredo de justiça.
 
Desde o início das investigações, Jorge Egito se mudou para o exterior e, em entrevista ao Estado de Minas, em 22 de abril, ele afirmou que a saída do país não era fuga e, sim, porque estava com medo de sofrer um atentado.

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