Jornal Estado de Minas

INCÊNDIO

Defesa Civil de BH interdita parte da garagem de ônibus que pegou fogo

A Defesa Civil de Belo Horizonte esteve nesta quarta-feira (16/6) na garagem de ônibus de uma empresa de turismo atingida por um incêndio no Bairro Aparecida, Região Noroeste de Belo Horizonte, nessa terça-feira (15/6). Dez ônibus foram destruídos.





Segundo o órgão, foi feita a vistoria complementar no imóvel. "Foram verificados danos na parte elétrica e parte da estrutura do telhado. Local foi parcialmente e preventivamente isolado", informou.

O responsável foi notificado a adotar medidas de mitigação e recuperação do empreendimento.

O incêndio


Cinco viaturas do Corpo de Bombeiros atuaram na garagem do Bairro Aparecida das 6h50 às 8h45, quando as chamas foram controladas. 

A fumaça pôde ser vista a vários quarteirões de distância do incidente. Uma creche ao lado da garagem de coletivos foi evacuada. As autoridades determinaram o cancelamento das aulas por todo o dia para evitar a intoxicação das crianças por fumaça.



Os militares chegaram a alertar para o risco de explosão na garagem, onde havia um tanque de combustível. Com o controle do fogo, os bombeiros, porém, descartaram a hipótese. 


A prisão


A Polícia Civil prendeu, ainda nessa terça, um homem de 35 anos acusado de ser o mandante do incêndio. De acordo com o delegado Artur Alberto Neves Vieira, que está à frente das investigações, a polícia trabalha com duas possíveis motivações para o crime.

 

Uma delas tem a ver com outro crime cometido pelo suspeito. Em 2015, a Polícia Federal (PF) prendeu o homem por tráfico de drogas em uma rodovia. O proprietário da garagem incendiada nesta terça testemunhou contra ele na ocasião por ter ligação com o veículo envolvido no comércio ilegal.

Outra possibilidade levantada pelo delegado é a prática de preços abaixo do mercado pela empresa. Como o suspeito também trabalha no ramo dos transportes, ele pode ter ficado insatisfeito com o valor dos fretes da empresa concorrente, o que prejudicaria o seu negócio.



A empresa do suspeito tem sede no Bairro JK, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A polícia chegou até ele por meio de diligências materiais e verbais.

Dentro do carro do suspeito, os agentes acharam um galão de combustível e roupas que teriam sido  usadas no crime. O homem ficou preso até 2018 e estava em liberdade condicional. A polícia o indiciou pelo crime de incêndio, com pena entre três e seis anos de prisão.

Ele não agiu sozinho no crime. O primo do acusado é o homem filmado por uma câmera de segurança. Esse segundo envolvido ainda estava foragido até o fim da tarde desta terça.

(Com informações de Gabriel Ronan e Cecília Emiliana)

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