Jornal Estado de Minas

CAPITAL MINEIRA

Kalil pensa em secretaria para grandes obras; PBH prioriza enchentes

Durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (30/11), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), falou em criar uma “supersecretaria” para tocar grandes obras na cidade e cuidar de questões relacionadas ao transporte público. O plano, contudo, começará a ser discutido após o fim da pandemia do novo coronavírus, visto que um decreto municipal impede a criação de novas autarquias durante a COVID-19.





 

Por ora, o Executivo municipal trabalha para aumentar o número de intervenções com o objetivo de conter efeitos das chuvas. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) planeja, por exemplo, aprimorar o sistema de macrodrenagem no Ribeirão Pampulha, na Região Nordeste. No cronograma da pasta, a licitação da obra no ribeirão, localizado na Avenida Cristiano Machado, está prevista para ocorrer ainda neste ano. Os trabalhos devem custar R$ 136 milhões aos cofres públicos.

A prefeitura estuda, também, instalar um canal paralelo no Córrego Cachoeirinha, na mesma região. A intervenção, que contempla o trecho entre o Minas Shopping e o Ribeirão do Onça, deve ocorrer em 2021. No ano passado, o repasse municipal para bancar as mexidas era estimado em R$ 160 milhões.

São buscadas, ainda, formas de sanear o Córrego dos Joões, no Bairro Esplanada, na Região Leste. O pequeno rio compõe a Bacia do Córrego do Navio. Enquanto isso, recursos federais devem bancar obras no Córrego do Leitão, na Avenida Prudente de Moraes (Centro-Sul), e no Córrego dos Pintos, na Francisco Sá (Oeste).





Vilarinho e Arrudas têm obras em andamento

Para barrar as cheias que atormentam os moradores de Venda Nova, a administração belo-horizontina aposta em intervenções ao longo da Avenida Vilarinho. Em setembro deste ano, Prefeitura de BH e Caixa Econômica Federal assinaram convênio de R$ 200 milhões para a construção de reservatórios profundos.

Em 2019, a prefeitura deu início à construção de bacias e à drenagem dos córregos Marimbondo e Lareira. A verba, vinda do Fundo Municipal de Saneamento e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do Palácio do Planalto, gira em torno dos R$ 40 milhões.

Ainda na Vilarinho, a prefeitura constrói uma caixa de captação para armazenar a água escoada pelo Ribeirão Isidoro. O espaço comportará até 10 milhões de litros de água, ao custo de R$ 10,5 milhões.



No Ribeirão Arrudas, serão mais R$ 28,9 milhões vindos de Brasília. A ideia é construir a Bacia das Indústrias, para mitigar os efeitos das enxurradas, sobretudo nas cercanias da Avenida Tereza Cristina, na Região Leste.

Ribeirão do Onça


Obras, ainda, na Cristiano Machado, por onde passa o Ribeirão do Onça. Os R$ 44,7 milhões utilizados vêm do Fundo Municipal de Saneamento e do Ministério das Cidades. Mananciais do Barreiro, como os córregos Bonsucesso, Jatobá e Olaria, também passam por otimizações milionárias.

Para Olaria e Jatobá, foram destinados R$ 18 milhões. As três etapas de melhorias no Bonsucesso somam R$ 22 milhões do PAC e R$ 10 milhões do Fundo de Saneamento.

A ‘supersecretaria’ de Kalil


No Roda Viva, ao manifestar o interesse de criar a “supersecretaria” para as grandes intervenções, Kalil afirmou que a ideia é colocar o vice-prefeito eleito, Fuad Noman (PSD), para tomar conta da questão.

“O projeto é criar uma supersecretaria que vai olhar o transporte público de Belo Horizonte, junto com as grandes obras. Captamos recursos e vamos fazer grandes obras. (A secretaria) vai ser chefiada pelo vice-prefeito. Estamos começando um desenho para a vice-prefeitura comandar esse tipo de coisa”, afirmou. 

 





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