Jornal Estado de Minas

ESTAGNAÇÃO

Prefeitura de BH amplia oferta, mas ocupação de leitos para COVID-19 não se altera

 

Grandes vilãs da não flexibilização do comércio em Belo Horizonte em mais uma semana, as taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para pacientes infectados pelo novo coronavírus não se alteraram na cidade no último boletim epidemiológico, divulgado pelo Executivo municipal nesta quinta-feira (9). Isso quando comparadas com o levantamento dessa quarta (8).



 

E a estagnação aconteceu em um cenário de aumento da oferta de leitos: o número de pacientes internados é que aumentou e impediu um respiro nos indicadores.

 

Com isso, a taxa de uso das UTIs se manteve em 92%. Já nas enfermarias o parâmetro aponta para 76% de ocupação. Apesar de divulgados nesta quinta, os indicadores foram apurados pela prefeitura com base no quadro de quarta.

 

 

 

Com base nesse levantamento mais recente, BH dispõe de 370 leitos de UTI para pacientes com COVID-19: 340 ocupados e 30 disponíveis.



 

Ao mesmo tempo, são 1.003 enfermarias para pacientes que enfrentam a virose: 762 em uso e 241 desocupadas.

 

No comparativo entre os dois boletins mais recentes, houve acréscimo de 24 enfermarias e 10 unidades de terapia intensiva. Como a taxa de ocupação não se alterou, o número de internados também teve aumento: mais oito em estado grave (UTIs) e outros 20 nos leitos clínicos.

 

Quadro geral

 

Considerando-se a ocupação das UTIs para todas as doenças, inclusive para a COVID-19, a taxa de BH é de 86%. Assim, 890 dos 1.035 leitos abrigam ao menos um paciente.

 

Nas enfermarias, o índice é de 68%: 3.120 dos 4.588 estão em uso na cidade.

 

Novo recorde

 

Na quarta-feira, a reportagem do Estado de Minas havia informado que Belo Horizonte havia registrado o recorde de ocupação das UTIs para COVID-19 naquele boletim: 92%.

 

Nesta quinta, contudo, a prefeitura divulgou o levantamento desse sábado (4), que não estava disponível nos balanços anteriores. Isso porque o Executivo municipal não divulga boletins epidemiológicos aos fins de semana.

 

Naquele dia, contudo, BH computou uma taxa de ocupação de 93% na terapia intensiva. Esse parâmetro passa, portanto, a ser o novo recorde de uso das UTIs para COVID-19 na cidade.