A decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD) de cancelar a reunião que estava marcada para esta quarta-feira (8) com comerciantes de Belo Horizonte, gerou insatisfação entre os lojistas da capital. De acordo com o chefe do executivo municipal, a flexibilização do isolamento social ainda não é possível devido ao número de ocupação de leitos e transmissão por infectado (rt). A Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL) considera o cancelamento uma decisão autoritária e unilateral por parte da prefeitura.
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Kalil: 'Ir para o caminho da morte não faz parte do meu perfil'COVID-19: números desfavoráveis fazem Kalil cancelar reunião com lojistasKalil cita JK e ciência para defender isolamento em BH: 'A Terra é redonda'CDL volta a criticar Kalil por não seguir com reabertura do comércioAção da CDL oferece a motociclistas testes gratuitos para a COVID-19A CDL se posicionou contra a decisão do prefeito e, por meio de nota, denunciou a “incapacidade do executivo municipal de abrir os leitos prometidos em 29 de maio”. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas, caso a prefeitura tivesse cumprido sua promessa, o indíce de ocupação de leitos de UTI seria 45% e de enfermaria, 38%. Indicadores que, segundo a entidade, permitiriam a reabertura segura do comércio.
A entidade também informou que não participou da reunião realizada nesta terça e que, portanto, desconhece as razões que levaram ao cancelamento do encontro que ocorreria com representantes da CDL e do Sindicato de Lojistas (Sindilojas). A reunião visava debater a possibilidade de reabertura de mais setores do comércio em Belo Horizonte.
O presidente do Sindilojas, Nadim Elias Donato, também foi procurado pelo Estado de Minas, mas preferiu não se posicionar sobre o cancelamento.
* Estagiária sob supervisão de Álvaro Duarte