Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

PM aconselha, e organização cancela panelaço em frente à casa de Kalil

 

Um grupo de pessoas que faria um panelaço a favor da retomada da atividade comercial na Praça Marília de Dirceu, no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, desistiu de realizar o evento na noite desta quinta-feira (2).



 

O protesto ocorreria nas proximidades da casa do prefeito Alexandre Kalil (PSD), que decretou o fechamento de diversos tipos de estabelecimentos em 18 de março.

 

O cancelamento se deu depois que a Polícia Militar aconselhou os organizadores a evitar a aglomeração de pessoas. O evento havia sido agendando pelas redes sociais. Os mesmos canais foram usados para avisar aos interessados sobre o embargo.

 

Ainda assim, organizadores do evento foram ao local porque sabiam que parte da imprensa e alguns manifestantes poderiam se deslocar. O objetivo era comunicar o motivo do cancelamento da agenda.

 

“Nós, dos movimentos sociais, queremos que o coronavírus seja visto não só pelo lado da saúde, mas também pelo viés da economia e do trabalho, porque isso também impacta na saúde do cidadão. Estamos passando um terror enorme por causa da avalanche do assunto na imprensa. A retomada será muito dura”, justifica um dos organizadores da manifestação, Cipriano Antônio de Oliveira, de 65 anos, engenheiro civil aposentado.



 

Apesar de fazer parte do grupo de risco, Cipriano se diz saudável e preocupado com o futuro das empresas após a pandemia.

 

“Chegamos em um processo tal que as coisas precisam voltar gradativamente, com inteligência. Podemos, por exemplo, escalonar na entrada e na saída os horários de abertura dos diferentes tipos de comércios. O setor de serviços abre de um horário a outro. Os funcionários públicos em outro período. E assim por diante”, propõe o idoso que faz parte do movimento Brasileiros.BROS.

 

Na sexta-feira passada, uma mobilização de pessoas a favor da reabertura do comércio marcou o noticiário. Os manifestantes, muitos com camisas ligadas ao bolsonarismo, saíram da Cidade Administrativa e foram de carro até a porta da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

Alguns deles, cerca de 50, foram multados pela Guarda Municipal por estacionamento irregular na Avenida Afonso Pena e na Rua Goiás, no Centro de BH.