Jornal Estado de Minas

IGUALDADE DE GÊNERO NA COZINHA

Chefs criam pratos especiais para mostrar protagonismo da mulher na cozinha


 
Seis restaurantes de Belo Horizonte chefiados por mulheres participam do projeto “Uncomfortable Food” (comida desconfortável – tradução livre) que tem o objetivo de dar visibilidade ao protagonismo das mulheres na gastronomia. De 27 restaurantes participantes, seis estão na capital mineira: Birosca, Zuzuneli, Las Chicas, La Palma, Santo Antônio e Dona Lucinha. 




 
Lançado pela Stella Artois, o projeto tem o objetivo de valorizar e aumentar a presença feminina na gastronomia. São desenvolvidas uma série de iniciativas, desde pesquisa para entender o mercado até investimento na formação de novas profissionais. 

Representando a pluralidade da cultura brasileira, o movimento é lideerado por chefs de diversas regiões do Brasil: a baiana Bela Gil, as cariocas Kátia Barbosa e Andressa Cabral, a paulista Bel Coelho, a piauiense Cafira Foz, a mineira Bruna Martins, a indígena sul-mato-grossense Kalymaracaya Nogueira, a acreana Amanda Vasconcelos, a catarinense Michele Crispim e a paraibana Nara Amaral.



As chefs foram convidadas para criarem pratos exclusivos e cheios de significados, que trazem discussões importantes para a mesa, definido pela cervejaria como “Um menu pra tirar a gastronomia da zona de conforto”. Entre os pratos podemos encontrar “Baião de todas”, “Nem tudo são flores”, “Mousse Quebrando Barreiras”, entre outros, que estão disponíveis desde o dia 1° de dezembro em diversos restaurantes brasileiros, todos chefiados por mulheres.





Mulheres à frente

Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), atualmente as mulheres lideram 96% das cozinhas domésticas no Brasil. Entretanto, segundo a Chefs Pencil, apenas 7% das cozinhas profissionais nos restaurantes mais premiados do país são chefiadas por mulheres. 

Além disso, este ano a Stella Artois, em parceria com o Instituto IPSOS, realizou a primeira pesquisa gastronômica do Brasil com recorte de gênero, para entender o mercado da gastronomia e mapear a situação das mulheres no setor. 

Foi descoberto que um terço das entrevistadas acredita que as mulheres não crescem na gastronomia porque não são ouvidas pelos chefs homens, uma em cada três cozinheiras afirma que custa mais caro empreender na gastronomia sendo mulher e 45% das mulheres buscam por algum tipo de profissionalização, mas tem como obstáculo a falta de tempo e dinheiro.




Investindo nelas

Para fomentar o protagonismo das mulheres na área, a Stella Artois criou a “Juntas na Mesa”, um movimento  que investirá R$ 10 milhões em iniciativas de crédito, formação e visibilidade de mulheres para impulsionar a busca pela igualdade de gênero nesse setor historicamente dominado por homens. 

Serão disponibilizados empréstimos de até R$60 mil por empreendedora. A Stella Artois também se juntou à ONG Gastromotiva para oferecer curso de formação para até 1.000 mulheres de todo o Brasil.



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