Jornal Estado de Minas

ATIVISMO INDÍGENA

Alice Pataxó é indicada como uma das mulheres mais influentes do mundo




Alice Pataxó é um dos nomes na lista das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2022 pela BBCA.  A ativista do clima, jornalista e influencer aparece na lista com as brasileiras Erika Hilton, primeira mulher trans negra a ser eleita deputada federal no Brasil, e a senadora Simone Tebet.




 
Ela foi indicada pela ativista Malala Yousafsai. “Estou muito orgulhosa de indicar Alice Pataxó para a lista das 100 Mulheres da BBC deste ano. O compromisso inabalável de Alice em lutar pela ação climática, igualdade de gênero e direitos indígenas me dá esperança de que um mundo sustentável e mais igualitário esteja ao nosso alcance”, declarou Malala à BBC.
 
A indígena comemorou a indicação agradecendo pelo reconhecimento da luta e conquistas dos povos indígenas. Disse ainda que é uma alegria estar ao lado de mulheres com histórico de luta pela verdade, dignidade e pelos Direitos Humanos, citando Erika Hilton, Billie Eilish e Malala.

“Agradeço e choro de emoção ao citar minha aldeia, que entende minha ausência, que sofre e sorri comigo, que entende a importância de viver essa luta (ainda que um pouco distante de casa)”, escreveu Alice em sua conta no Instagram.




Ativista indígena 

Natural de Prado, Sul da Bahia, Alice é jornalista e criadora de conteúdo nas redes sociais. No YouTube criou o canal Nuhé, usando o termo que se refere à resiliência dos povos indígenas no Brasil, onde trata da defesa dos biomas brasileiros, debate a demarcação de terras indígenas e busca difundir conhecimentos sobre os povos indígenas e seus costumes, em especial os Pataxós, etnia a qual pertence.

Em 2021 participou da 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 26), em Glasgow, na Escócia, e foi homenageada com o troféu Transforma MIAW, prêmio da MTV em reconhecimento a pessoas que impactam positivamente a sociedade.



A indicação à lista de 100 mulheres mais influentes do mundo é um reconhecimento por dar visibilidade sobre como as recentes políticas ambientais e agrícolas do governo brasileiro ameaçam os direitos indígenas à terra e por sua busca em desafiar as visões coloniais sobre as comunidades indígenas lançando luz sobre os assassinatos de ambientalistas.





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