Jornal Estado de Minas

ORGULHO LGBTQIA

Nova bandeira LGBT inclui cores trans, intersexo e da luta antirracista

A  nova versão da tradicional bandeira com as cores do arco-íris foi lanaçada na 27ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Copacabana. O símbolo passa a incluir as cores trans, intersexo e da luta antirracista.




 
O lançamento foi feito pelo Grupo Arco-Íris, organizador da Parada, com a exibição da flâmula de 124 metros de comprimento por 10 metros de largura.

A atualização do tradicional símbolo do arco-íris foi feita depois de quatro anos de discussão e representa a pluralidade e diversidade de todos os que compõem a comunidade LGBTQIA .

Avanços da representatividade

A bandeira do movimento LGBT foi originalmente proposta por Gilbert Baker para o Dia de Liberdade Gay de São Francisco de 1978.
 
A primeira versão contava com oito cores: rosa representando a sexualidade, vermelho a vida, laranja a cura, amarelo a luz do sol, verde a natureza, turquesa a magia e a arte, azul a harmonia e a serenidade e violeta o espírito humano. Posteriormente foram retirados o rosa e o anil, se tornando a versão mais conhecida. 



Em 2018, a bandeira ganhou sua primeira grande atualização. O designer Daniel Quasar, natural de Portland, nos Estados Unidos, incluiu as cores do movimento trans e da luta pela igualdade racial.
 
As cores foram incluídas na lateral esquerda em formato de flechas, simbolizando o progresso. Essa versão caiu nas graças do movimento LGBTQIA , aparecendo em diversos eventos de orgulho pelo mundo.

Em 2021, a designer ítalo-britânica Valentino Vecchietti incluiu o símbolo do orgulho intersexo, por ser a classificação com a qual se identifica.
 
O símbolo foi originalmente criado em 2013 por Morgan Carpenter, da Intersex Human Rights Australia, e é formado por um círculo púrpura sobre um fundo amarelo.

Versão alternativa 

A bandeira LGBTQIA é alvo de discussões nos últimos meses devido à proibição na Copa do Mundo do Catar, país que criminaliza a homossexualidade.
 
Mesmo depois de afirmações da Fifa de que os torcedores poderiam levar a bandeira para os estádios, oficiais do Catar proibiram o símbolo em todo o território. 



 
Em resposta à proibição, a Pantone, principal marca de cores do mundo, lançou uma bandeira branca, com linhas demarcando as faixas com os códigos correspondentes às cores originais da bandeira LGBTQIA.
 
A iniciativa é uma parceria com a instituição Stop Homofobia ("Pare a homofobia") e foi implmentada poucos dias antes da abertura da Copa, para driblar as autoridades do Catar.



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