O show do compositor e multi-instrumentista Marcus Viana, acompanhado da Transfônica Orkestra e Grupo Sagrado Coração da Terra, reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na Praça Sete, no início da tarde de domingo (24/9). O calor intenso não espantou a plateia, mas “bugou” as mesas de som importadas, impedindo a passagem de som.





Às 18h, o artista subiu ao palco, mas a luz foi embora aos primeiros acordes, interrompendo a apresentação. Pacientemente, o público esperou até as 18h30, uma hora depois do horário previsto. Problemas resolvidos, Marcus Viana empolgou a plateia. A apresentação ao ar livre foi um sucesso. De acordo com a organização, não houve ocorrências policiais, comuns no Centro de BH. A não ser a senhora vencida pelo calor, que foi prontamente atendida.


Curador do Cine+10, Rafael Araújo estima que 40 mil pessoas participaram do festival, realizado de sexta-feira (22/9) até ontem (24/9), na Praça Sete. Lá fica o Cine Theatro Brasil Vallourec, que comemorava seus 10 anos de atuação.


“Queríamos atrair públicos de diferentes idades e regiões da cidade. Conseguimos. Trouxemos essa pluralidade, chamamos a atenção para o movimento positivo na Praça Sete. Vimos a cidade colorida por três dias, na praça e também nas redes sociais, com as pessoas curtindo muito toda a programação”, comemorou Araújo.





 

Cadeiras 'invadiram' as pistas da Avenida Afonso Pena

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
 

Teatro e sol 'rachando'

A programação ocorreu tanto ao ar livre, com shows, peças de teatro apresentadas com o sol “rachando” e circo, como no interior do Cine Theatro Brasil Vallourec. Rafael Araújo informou que a intenção do centro cultural é promover anualmente eventos como o deste fim de semana.


“Não poderíamos ter resultado melhor. A intenção do Cine Brasil agora é fazer festivais anuais. A gente ainda não sabe ao certo como será, mas o nome já está cravado: Viva a Praça Sete”, afirmou.

 

Marcus Viana fez belo show na Praça Sete, que ele chama de 'ponto ritual' de BH

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
 


Feliz em tocar na praça, que chama de “ponto ritual” de BH, Marcus Viana se lembrou do pai, o maestro Sebastião Viana, que frequentava o local e diariamente tomava seu cafezinho no Café Pérola.






“Isto aqui é o centro de uma cidade que se foi. Estamos voltando ao passado”, comentou, dizendo-se orgulhoso em transformar em palco aquela “encruzilhada de passagem” do século 21.


“Sou um cozinheiro e servi vários pratos, porque música é nutrição. Trouxe alguns temperos exóticos, como os nossos convidados. Convidei alguns ancestrais, todos violinistas, flautistas e violoncelistas, para verem o show. Acredito que todos estavam lá. Espero que meu querido pai tenha assistido, feliz lá do sétimo céu dele”, comentou Viana, após o espetáculo.

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