Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Empresas não deveriam patrocinar quem prega a intolerância e o ódio



O deplorável episódio envolvendo o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, que defendeu em podcast a criação de um partido nazista no Brasil, mostra que a sociedade – e o mundo corporativo em particular – tem sido condescendente demais com a intolerância. Antes da declaração antissemita, o tal Monark havia sido racista em postagens feitas no Twitter.



Leia no Opinião sem medo:
- Monark, do Flow, não é nazista. É burro com microfone e audiência
- O correto rigor com Monark não é visto com Lula e Bolsonaro

Na ocasião, pouco foi feito (as honrosas exceções foram empresas como iFood e Trybe, que desistiram de patrocinar o podcast do sujeito). Agora, diante do clamor das redes sociais, os patrocinadores e convidados do programa finalmente perceberam que não é certo estimular comportamentos como esse.

Já era hora, mas deve-se reconhecer que a reação demorou. Nos últimos anos, sob o pretexto da liberdade de expressão, a sociedade deu voz para os intolerantes, e foi aí que os racistas, misóginos e antissemitas saíram dos porões. Eles precisam ser contidos.

Veja: PGR vai investigar Monark e Kim Kataguiri por comentários sobre nazismo

Mais um recorde na geração solar no Nordeste

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou o primeiro recorde de geração solar fotovoltaica instantânea de 2022 no Nordeste. O índice inédito foi alcançado em 7 de janeiro, quando a geração instantânea (pico) atingiu 2.793MW, às 9h42. O volume seria suficiente para atender a 23,8% da demanda de energia da região no exato momento em que foi medido. O último recorde do mesmo tipo foi observado em 20 de novembro do ano passado, quando a fonte atingiu 2.781MW.




Burger King e Bob’s investem em delivery próprio

A onipresença do iFood no delivery levou alguns restaurantes a uma estratégia ousada: a criação de seu próprio sistema de entrega. No início do ano, 300 lojas do Burger King passaram a receber pedidos pela ferramenta da empresa e a meta é que o serviço chegue a 700 unidades até dezembro. O aumento do delivery na pandemia levou o Bob’s a fazer o mesmo, e os resultados agradaram. Não significa, porém, que abandonaram o iFood. O sistema próprio, dizem, é um complemento para as entregas.

R$ 280 bilhões

É quanto a americana Pfizer vai faturar com produtos contra a COVID-19 – de vacinas a pílulas antivirais – em 2022, segundo projeção divulgada pela empresa

Investimentos em startups perdem fôlego

A injeção de recursos em startups brasileiras perdeu fôlego no início do ano. Segundo levantamento da consultoria Distrito, US$ 591 milhões foram investidos em janeiro em empresas iniciantes do país, montante 27% inferior em relação a um ano atrás. O setor que concentrou a maior parte dos investimentos foi o de fintechs, que recebeu ao todo US$ 319,2 milhões. A maior parte do volume – US$ 260 milhões – foi captada pela Creditas, plataforma on-line de empréstimos com garantia.

Rapidinhas

Uma das maiores grifes de luxo do mundo, a americana Ralph Lauren assinou parceria com a conterrânea Dow, a principal indústria química do planeta, para desenvolver um método inédito de tingimento de algodão. Conhecido como EcoFast Pure, ele reduz a quantidade de água, de produtos químicos e de energia necessários para o tingimento das fibras.





O tema da sustentabilidade se tornou onipresente. No Brasil, 100% das fazendas fornecedoras de café para a Nespresso fazem parte do programa AAA de Qualidade Sustentável. Graças a essa iniciativa, os cafeicultores têm acesso a técnicas que levam à produção de grãos sem prejuízos para o meio ambiente.

Não há setor que não invista em práticas sustentáveis. A companhia aérea Azul divulgou com orgulho uma iniciativa que, diz a empresa, protege o planeta: o uso de talheres ecológicos em suas operações internacionais. Feitos de madeira, eles substituem os modelos de plástico. A Azul é signatária do Pacto Global da ONU.

Poucos países podem se beneficiar tanto da nova era sustentável quanto o Brasil. Segundo estudo da ICC Brasil e Way Carbon, o potencial do mercado brasileiro de crédito de carbono é de US$ 100 bilhões até 2030. De forma simplificada, crédito de carbono é um valor a receber pela não emissão de poluentes na atmosfera.