O que antes era um tabu restrito a círculos de conversa mais íntimos agora domina as telas do streaming. De comédias românticas a suspenses psicológicos, os relacionamentos abertos e outras formas de não-monogamia se tornaram um ingrediente cada vez mais comum em séries de sucesso, refletindo um crescente debate na vida real sobre os modelos de afeto e desejo.

Essa popularidade não surge do nada. Produções como “Sex/Life” e “Elite”, da Netflix, ou até mesmo o thriller “Você”, exploram a complexidade das relações humanas para além do formato tradicional. Ao fazer isso, as tramas se conectam com a curiosidade do público sobre temas como liberdade, ciúme, comunicação e os limites dos acordos amorosos.

Mais do que apenas um elemento para chocar ou gerar polêmica, a abordagem da não-monogamia na ficção serve como um espelho para questões contemporâneas. As séries investigam as motivações e as consequências dessas escolhas, oferecendo um campo seguro para o espectador refletir sobre suas próprias convicções sem precisar vivenciar as situações na prática.

A forma como cada produção retrata o tema varia bastante, mostrando que não existe um único jeito de viver um relacionamento não-monogâmico. Entender essas diferentes abordagens pode ajudar a compreender melhor o fenômeno e como ele é representado na cultura pop.

Como as séries abordam a não-monogamia

  • O teste de limites: Muitas tramas, como em “Sex/Life”, usam a abertura da relação como um catalisador para crises pessoais e conjugais. O foco está na jornada de autodescoberta de um personagem que se sente preso na monogamia e explora fantasias, mostrando o contraste entre o desejo e a realidade do acordo.

  • A quebra de regras como drama: Em séries voltadas para o público jovem, como “Elite”, a não-monogamia frequentemente aparece de forma impulsiva. Os “trisais” e as relações abertas servem como combustível para o drama, explorando o ciúme, a traição dentro dos acordos e a intensidade dos sentimentos na juventude.

  • O poliamor estruturado: Algumas produções se aprofundam em dinâmicas de poliamor, onde os envolvidos mantêm relações afetivas e românticas com múltiplas pessoas de forma consensual e transparente. Nesses casos, o enredo costuma focar nos desafios da comunicação e na gestão de tempo e sentimentos.

  • A ferramenta para o suspense: No gênero de suspense, como na série “Você”, a não-monogamia é usada para criar tensão. A abertura do relacionamento pode ser o gatilho para a obsessão do protagonista ou um disfarce para comportamentos perigosos, mostrando o lado mais sombrio e disfuncional de dinâmicas mal estabelecidas.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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