Estou chegando ao Estado de Minas -  (crédito: Arquivo Pessoal / Marcelo de Assis)

Estou chegando ao Estado de Minas

crédito: Arquivo Pessoal / Marcelo de Assis

É com muita alegria que inicio nesta quinta-feira (2), caros leitores, minha trajetória neste conceituado veículo de informação brasileiro que é o Estado de Minas.

De antemão, quero agradecer à toda equipe do jornal por todo o apoio e por viabilizar este espaço para este jornalista que, desde 1984, abraçou o ofício em pesquisar o universo da música em todas as suas particularidades e espero poder contribuir com o meu conhecimento angariado ao longo desses anos.

Como dizia meu professor na Berklee College of Music, a música é um mercado em plena transformação e tem sido assim desde que se tornou uma indústria, nas primeiras décadas do século 20. Para muitos que acreditaram, principalmente no inicio dos anos 2000, que essa mesma indústria iria chegar ao seu fim com o advento do MP3, perceberam que tal pensamento foi equivocado.

O streaming chegou aos ouvidos dos ávidos pela música no novo século, mas percebeu que seu caminho não seria estar só: o vinil, clássico formato que ganhou protagonismo após sua primeira gravação oficial em 1877, ressurgiu. Agora, já não era mais os baby boomers e a geração X que teriam acesso aos bolachões: os novos residentes deste lindo planeta azul passariam a conhecer este velho formato, indo além das expectativas: eles seriam os novos consumidores dos discos de vinil.

Escrever para o Estado de Minas vai me conectar de imediato às memórias afetivas de grandes nomes deste grande território do sudeste brasileiro, que fizeram - e continuam fazendo - história ao longo das últimas décadas: Beto Guedes, Wagner Tiso, Flávio Venturini, Milton Nascimento, Lô Borges, o Clube da Esquina, 14 Bis, Skank ... são muitos os nomes que ajudaram a construir a alma da música popular brasileira.

'Sou do ouro, eu sou vocês, sou do mundo, sou Minas Gerais', já dizia Milton para Lennon e McCartney.