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Estado de Minas

Romero Jucá: "não há nada de comprometedor no diálogo"

O ministro do Planejamento também disse que "não perde um minuto de preocupação coma Lava-Jato". Ele disse que tem nada a temer e que está "tranquilo"


postado em 23/05/2016 12:46 / atualizado em 24/05/2016 10:15

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse no início da tarde desta segunda-feira, em entrevista coletiva, que não cometeu "nenhuma ação para obstacularizar a Operação Lava-Jato ou qualquer outra operação". Matéria da Folha de S.Paulo, na edição de hoje, revela vazamentos do aúdio de uma conversa entre o ministro e o ex-presidente da Trasnpetro Sérgio Machado. Conforme o ministro, não há nada de "comprometedor no diálogo" que manteve com Machado durante conversa gravada em março deste ano, segundo a reportagem do jornal paulista.

Jucá disse que 'repelia veementemente' o conteúdo da matéria. De acordo com o ministro, as frases atribuidas a ele e ao ex-presidente da Transpetro foram retiradas de contexto. O ministro reiterou informações divulgadas na manhã desta segunda-feira por meio de sua assessoria e do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.

O ministro insistiu que, ao dizer "estancar a sangria", estava se referindo à crise econômica em vez da Lava-jato. Sobre conversas com ministros do STF, conforme trecho da conversa de 1h15 com Machado, Jucá disse que sempre defendeu junto ao ministros celeridade com relação ao julgamento de políticos envolvidos na Lava-Jato.

Deixar o governo


Jucá disse que esteve com o presidente em exercício Michel Temer na manhã desta segunda-feira. " Não é minha expectativa deixar o cargo", afirmou o ministro. Segundo Jucá, Temer teria pedido a ele para que prestasse "os esclarecimentos necessários". "Estou tranquilo. Vou aguardar a decisão do presidente Michel Temer. Não sou réu no processo (da Lava-Jato). Não há demérito em ser investigado. Só em ser condenado".

Telhado de vidro


Na tentativa de se eximir de qualquer suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato, antes reponder às perguntas de jornalistas, Jucá disse que não tem 'telhado de vidro' . "Se tivesse não teria assumido a presidência do PMDB em momento de conflito com o PT. No processo de impeachment defendi abertamente a retirada de Dilma", disse o ministro durante a coletiva.

Gravação


Na gravação, Jucá disse, sem citar nomes, que tinha conversado com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de brecar as investigações da Lava-Jato. Para o hoje ministro do Planejamento, o governo de Michel Temer deveria criar um pacto nacional com o STF com esse objetivo de parar a Lava-Jato.

Em outro trecho da conversa, Machado disse que Jucá e aliados estariam na mira do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Ele (Janot) está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho... Ele (Janot) acha que sou o caixa de vocês", disse Machado, em um trecho da gravação liberado pela reportagem da Folha de S. Paulo.


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