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Estado de Minas

PSD de kassab quer jogo duplo na eleição presidencial de 2014

Ala do partido em Minas defende liberdade para apoiar Aécio Neves daqui a dois anos, mesmo que seja premiado com ministérios importantes no governo Dilma Rousseff


postado em 11/12/2012 06:00 / atualizado em 11/12/2012 08:03

No Palácio Tiradentes, Anastasia recebeu Aécio e 10 prefeitos eleitos. Na pauta, críticas à concentração de recursos pelo governo federal (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
No Palácio Tiradentes, Anastasia recebeu Aécio e 10 prefeitos eleitos. Na pauta, críticas à concentração de recursos pelo governo federal (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)


Mesmo apoiando e negociando participação no governo Dilma Rousseff (PT), parte do PSD mineiro ligado ao senador Aécio Neves (PSDB) quer dissociar essa proximidade do seu alinhamento político nas eleições de 2014. A informação é de Cássio Soares (PSD), secretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). “É mais prudente para o partido liberar os estados para que tomem em 2014 o rumo que for mais conveniente para as bancadas”, disse nessa segunda-feira Cássio Soares, em referência às negociações em curso entre Dilma e o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente nacional da legenda. Estão em discussão dois ministérios. Além do próprio Kassab, são nomes cotados o de Paulo Simão, presidente estadual do PSD em Minas, e o da senadora Kátia Abreu (PSD-TO).

Criado este ano, o PSD viveu, em Minas Gerais, o primeiro racha já na sucessão à Prefeitura de Belo Horizonte. Os deputados estaduais e federais ligados ao governo Antonio Anastasia (PSDB) e a Aécio Neves apoiaram a candidatura à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Atendendo  pedido de Dilma, entretanto, Kassab orientou a legenda em Belo Horizonte a dar sustentação à candidatura de Patrus Ananias (PT). Enquanto Paulo Simão seguiu a orientação nacional, a base ligada ao governo de Minas fez enfrentamento político e na Justiça, mantendo o partido com o seu tempo de televisão com a candidatura de Lacerda.

Na semana passada, a executiva estadual do PSD se reuniu para aparar as arestas. Além das sequelas da sucessão municipal foi discutido o posicionamento do partido em 2014, uma vez que Kassab tem declarado apoio à reeleição de Dilma. “Essa questão foi tratada com Paulo Simão. Foi dito que se o PSD integrar o governo federal isso nada terá a ver com as eleições de 2014. A outra possibilidade é de que o PSD libere os estados, pois em Minas os deputados estaduais e federais têm história com Aécio e vão apoiá-lo na disputa pela Presidência da República”, considerou Cássio Soares.

Ainda remendando o primeiro racha do partido, Paulo Simão evitou ontem antecipar o novo conflito. “Não há qualquer mal-estar no PSD de Minas. Está tudo superado. Neste momento tentamos colocar o partido em ordem. Tivemos reunião também com os 29 prefeitos eleitos e 32 vices”, afirmou Simão, acrescentando ainda que o PSD elegeu 327 vereadores e fez alianças que elegeram 170 prefeitos. “Há decisão da executiva nacional de se alinhar com o governo de Dilma Rousseff, que inclusive já convidou formalmente o PSD para integrar o seu ministério. Isso já é consenso dentro do PSD e da bancada federal”, disse.

Segundo Paulo Simão, além do apoio ao governo federal, no que diz respeito ao governo de Minas, também está definido o alinhamento do PSD, que hoje tem duas secretarias de estado: a de Desenvolvimento Social e a Extraordinária de Gestão Metropolitana. Ele informou ontem que o partido pretende “qualificar melhor” as suas posições no governo do estado, de modo a representar o seu  peso político. “Vamos até pleitear o fortalecimento de nossa participação, qualificar melhor as nossas posições dentro do governo, pois é preciso agora que realmente elas representem o partido”, disse, informando que essa será uma conversa que ainda terá com Antonio Anastasia.


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