Nas cidades onde houve confrontos entre PT e PSDB no 1º turno, os petistas tiveram menos vitórias que os adversários. O mesmo aconteceu quando o PT enfrentou candidatos do PMDB e do PSB.
O confronto mais frequente foi entre petistas e peemedebistas. Levantamento do Estadão Dados mostra que dois partidos concorreram como adversários em 579 municípios, sendo que 559 definiram a eleição no 1.º turno. Destes, o PMDB ganhou em 221 (40%), enquanto o PT triunfou em 169 (30%). Nos restantes 169, o vencedor foi um terceiro partido.
A desvantagem do PT nos confrontos diretos também pode ser observada quando se usa o critério do tamanho do eleitorado. Contra o PMDB, o partido perdeu em cidades cuja soma do eleitorado chega a 5,1 milhões, e venceu em um universo de 3,7 milhões.
No grupo onde não haverá 2.º turno, os principais confrontos entre PT e PMDB, vencidos por um dos dois partidos, aconteceram em Santa Maria (RS), Gravataí (RS), Petrolina (PE), Novo Hamburgo (RS) e Ipatinga (MG), por ordem decrescente do tamanho do eleitorado. Apenas na última a vitória foi de um petista.
Os candidatos petistas ganharam de adversários do PSDB em cidades com eleitorado somado de 5,9 milhões. Mas perderam em municípios com 7 milhões de eleitores ao todo.
Indefinição
O principal confronto entre um petista e um tucano se dará na capital paulista, onde Fernando Haddad enfrentará José Serra no segundo turno. Das cidades com disputas definidas no primeiro turno e onde PT e PSDB estiveram em campos opostos, Osasco, na Grande São Paulo, é a mais populosa. Lá, o petista Jorge Lapas foi considerado vencedor, e os votos do tucano Celso Giglio nem sequer foram contados, já que sua candidatura foi indeferida por problemas legais. O PSDB recorreu, e o caso ainda será decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Depois de Osasco, por ordem de eleitorado, os maiores confrontos entre PT e PSDB foram em São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG) e Santos (SP). Os tucanos venceram apenas na última cidade.