O presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, disse ontem que a recomendação do PT ao PSB para o veto aos tucanos na aliança é uma demarcação de campo político, mas de efeito apenas retórico. “É para o público interno de petistas, de puro efeito retórico. Na prática, a presença formal do PSDB na aliança já é uma etapa vencida”, sustentou Pestana, lembrando que o acordo foi firmado em outubro do ano passado, durante um café da manhã na casa de Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos e presidente nacional do PSB. Desse encontro, participaram, além do governador Antonio Anastasia, o senador Aécio Neves, Marcus Pestana e o presidente estadual do PSB, Walfrido Mares Guia. “Lá foi acertado, foi oficializado o convite para a participação formal do PSDB na aliança e, para nós, esse assunto já é vencido”, acrescentou Pestana.
Depois de assinalar que apoia, em Ubá, uma composição entre petistas e tucanos – o prefeito Vadinho (PT) vai reeditar a chapa com o vice dr. Eduardo (PSDB) –, Pestana afirmou que é preciso que a aliança em Belo Horizonte seja assumida com transparência. “As pessoas devem ser informadas que Anastasia e Aécio estarão na televisão e no rádio pedindo votos para Lacerda. É importante que o PT não gere constrangimentos para a campanha. As coisas precisam ser ditas como são”, avisou o tucano.
Se o PT tivesse aprovado a tese da candidatura própria, o PSDB passaria à condição de principal aliado de Lacerda, indicando inclusive o vice-prefeito, o que poderia ter consequências políticas em 2014 na disputa ao Palácio da Liberdade. Com a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República – e como Anastasia não poderá concorrer novamente, pois foi reeleito – Marcio Lacerda poderá vir a ser uma opção do PSDB. Nesse sentido, o vice da chapa ganha especial relevância. Por esse motivo, a vaga está disputada, mas agora, com o resultado do encontro de ontem, dentro do PT.