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Estado de Minas

PSB cancela encontro com tucanos para não ferir ânimos petistas

Marcio Lacerda cancela almoço com os líderes do PSDB em que seriam discutidos termos da aliança


postado em 24/02/2012 06:00 / atualizado em 24/02/2012 09:03

Incomodados com a pressão de tucanos para a indicação do vice na chapa de Marcio Lacerda ou a coligação proporcional, os socialistas cancelaram nessa quinta-feira o almoço que teriam hoje para discutir a reedição da aliança entre os dois partidos. Na avaliação de vários líderes do PSB mineiro, com as novas “exigências”, o PSDB cria mais dificuldades aos líderes petistas que apoiam a repetição da chapa majoritária com o PSB. Nas duas últimas semanas, o PSDB passou a reivindicar a indicação do vice na chapa de Lacerda ou a coligação proporcional com os socialistas. Os dois pleitos também são feitos pelos apoiadores do prefeito no PT.

Os petistas pró-Lacerda estão em campanha interna para convencer filiados a aderirem à tese da reedição da aliança. Em 15 de março serão eleitos em cada regional administrativa os delegados do partido que participarão do Encontro de Tática Eleitoral e definirão o posicionamento do PT na sucessão da Prefeitura de Belo Horizonte.

A leitura de socialistas é de que a pauta tucana apresentada neste momento causa turbulência nos aliados petistas. Para eles, a ruptura entre PSB e PT só interessa politicamente ao PSDB, que passaria a posição de principal aliado na coligação e , caso Lacerda se reeleja, parceiro preferencial no futuro governo.

No início desta semana, o presidente municipal do PSDB, João Leite, e o presidente regional, Marcus Pestana, deram como certo o almoço hoje na casa de Walfrido Mares Guia, presidente estadual do PSB. A pauta tucana incluía de oito a nove itens, entre eles maior participação nos eventos de campanha, maior participação em um eventual futuro governo, além da coligação na chapa proporcional com o PSB ou a indicação do vice na chapa majoritária.

“Temos de discutir a aliança em um novo patamar”, disse Marcus Pestana, em referência ao fato de nas eleições de 2008 o PSDB ter apoiado a coligação entre o PSB e o PT informalmente e ter tido uma participação pouco central no governo eleito. “A administração tem boa aprovação, mas o PSDB, como o maior partido de Minas e com o senador Aécio Neves, líder que mais influencia a opinião pública, precisa assistir a um salto de qualidade nos termos da aliança”, argumentou. Segundo Pestana, as pesquisas de opinião dão a Aécio um potencial de influência na decisão de eleitores que seria quatro vezes superior ao de Fernando Pimentel (PT), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pimentel seria, segundo Pestana, o segundo líder mais influente no estado. “Além disso, ganhamos todas as últimas eleições em Minas, inclusive com José Serra e com Antonio Anastasia”, ponderou.

A Executiva Municipal do PSDB se reúne na noite de segunda-feira para analisar a situação das negociações com os socialistas para a reedição da aliança. Com o encontro de hoje cancelado, não terão fatos objetivos a apresentar. Para João Leite, presidente municipal da legenda, a indicação do vice na chapa ou a coligação proporcional são reivindicações das bases tucanas.

Anfitrião Walfrido Mares Guia procurou nessa quinta-feira minimizar o episódio, evitando tensionar ainda mais as negociações entre aliados. “Eu havia apenas cogitado esse almoço com o Marcus Pestana e o João Leite. Mas vou viajar”, desconversou. O presidente estadual do PSB considerou “natural” o fato de os partidos aliados desejarem a aliança proporcional com a legenda que detém a cabeça da chapa. Mas, segundo ele, esse debate ainda é prematuro. O prefeito Marcio Lacerda disse nessa quinta-feira não estar informado sobre o encontro com os tucanos. “Estava viajando. Não estou sabendo”, esquivou-se.

Para a reedição da polêmica aliança que elegeu Marcio Lacerda será necessário não apenas aparar as arestas entre petistas e tucanos, os principais aliados. Dentro do PT a questão ainda não está resolvida. Entre as propostas debatidas internamente está o lançamento da candidatura própria, defendida pelo vice-prefeito Roberto Carvalho.

 

 


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