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Estado de Minas

Famílias de vereadores presos fazem plantão em penitenciária


postado em 22/07/2011 06:00 / atualizado em 22/07/2011 07:47

Enquanto a notícia da prisão dos nove vereadores de Fronteira, no Triângulo Mineiro, foi recebida com protestos de moradores, indignados com o mau uso da verba indenizatória custeada pelos cofres públicos, parentes passaram o dia ontem defendendo os parlamentares na porta da Penitenciária de Frutal. Apesar de a investigação do Ministério Público mostrar que os vereadores do município de 15 mil habitantes gastaram boa parte de seus R$ 3 mil mensais com rodízios de carne, rodadas de chope, garrafas de vodca e combustível para dar 54 voltas no mundo, para os familiares a prisão não passou de briga política.

Foi o que alegou Eurípede da Silva Souza, pai do vereador Eduardo Florêncio de Souza (PMDB). Para ele, a prisão teve cunho político, uma vez que cinco dos nove vereadores afastados já teriam manifestado vontade de concorrer à prefeitura, contrariando os interesses do prefeito Sérgio Paulo Campos (PSDB), que apoiaria possível candidatura do vice. O pai do vereador, no entanto, admite o mau uso da verba indenizatória. “Se eles tivessem usado direito, não estariam presos”, disse, alegando que eles usavam o dinheiro para o “bem da população”.

Familiares da vereadora e presidente da Câmara Municipal de Fronteira, Sileide Nunes do Nascimento Faitarone, entrega medicação na Peninteciaria de Frutal(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Familiares da vereadora e presidente da Câmara Municipal de Fronteira, Sileide Nunes do Nascimento Faitarone, entrega medicação na Peninteciaria de Frutal (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
O irmão do vereador Nildomar Lázaro da Silva (PR), Eurípedes Lázaro da Silva, fez a mesma defesa. Ele passou o dia todo na porta da penitenciária, dizendo-se preocupado com o irmão. “Ele tem diabetes e chegou a passar mal de madrugada”, disse. Para ele, Fronteira está de “luto”. “Todos gostavam muito dos vereadores”, afirmou. Sem entrar em detalhes, o marido da vereadora Sileide Nunes (PV), Aldo Sacarone, disse que a acusação do Ministério Público não procede. “Não acredito no que estão acusando a minha mulher”, resumiu. Segundo ele, a única vereadora mulher e ex-presidente da Câmara Municipal também passou mal na madrugada.

Apesar da movimentação dos parentes, que levaram até bancos para aguardar novidades sobre uma possível soltura dos parlamentares, não havia curiosos na porta da penitenciária. Em fevereiro, quando a acusação do MP se tornou pública, moradores ocuparam as dependências da Câmara com faixas de protesto, sendo os parlamentares hostilizados com palavrões.


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