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Estado de Minas

Chuvas sem trégua põem Sul em alerta

Santa Catarina registra uma morte. Temporais podem afetar a Oktoberfest, que espera público recorde no fim de semana


postado em 10/10/2015 00:12 / atualizado em 10/10/2015 12:13

Os órgãos de Defesa Civil e a população da Região Sul do país estão em alerta para temporais, pelo menos até segunda-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo para o risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, queda de galhos de árvores, incidência de descargas elétricas, transbordamento de rios e queda granizo para os próximos dias. Em Santa Catarina, temporais e chuvas de granizo provocaram estragos em 20 cidades. Em Lebon Régis, no Meio-Oeste, um agricultor morreu atingido por um raio. Na Serra, dois rios transbordaram. No Oeste do estado, houve destelhamentos, enquanto na Região Norte, fios e postes de energia foram danificados pelo vendaval, deixando a população sem luz. Os moradores do litoral, por sua vez, vêm sofrendo com fortes descargas elétricas.

O secretário da Defesa Civil catarinense, Milton Hobus, explica que o período inspira cuidados por causa da influência do fenômeno El Niño. O maior temor são as inundações no Vale do Itajaí, que provocaram as grandes enchentes de Blumenau em 2008 e 2011, com picos no Rio Itajaí-Açu de 11,52 metros. A prefeitura da cidade divulgou que o nível do rio é de 4,2 metros. Mas a previsão é 280 milímetros de chuvas nos próximos três dias, o que coloca o município em situação de alerta em plena Oktoberfest, maior festa alemã da América Latina, aberta na quinta-feira com a presença de 23 mil pessoas. A expectativa é de um público recorde no fim de semana. Também para as praias catarinenses a previsão é de chuva.

O prefeito de Lebon Régis – município mais afetado, até o momento –, Ludovino Labas (PSDB), decretou situação de emergência e aguarda reconhecimento dos governos estadual e federal para acessar os recursos de reconstrução. Cerca de 300 casas foram seriamente danificadas. Também bastante afetada foi Lages. Os rios Carahá e Passo Fundo transbordaram e atingiram sete bairros da cidade serrana. As aulas foram suspensas ontem, por causa dos alagamentos. A cidade registrou o maior acúmulo de chuvas do estado nas últimas 24 horas, 102mm.

Sem trégua

No Rio Grande do Sul, as chuvas, acompanhadas de ventos fortes e granizo, não dão trégua desde quarta-feira. Segundo a Defesa Civil do estado, 1.350 casas foram danificadas e 6.647 pessoas, atingidas. Os desabrigados estão sendo acomodados em salões paroquiais, ginásios de esportes e outros locais. Os municípios de Montenegro e São Sebastião do Caí entraram em estado de alerta por causa do Rio Caí – que está a 30 centímetros do nível de inundação.

Também o Paraná sofre com os temporais. Pelos menos nove cidades do estado foram atingidas por chuvas fortes entre a tarde de quinta-feira e a manhã de ontem. Ipiranga, localizada a 58km de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, foi o município mais atingido. Segundo balanço da Defesa Civil, 2,4 mil moradores foram afetados. Muitos deles tiveram suas casas destelhadas e danificadas por vento forte e granizo. Segundo o sargento da Polícia Militar (PM), Maximilian Ferreira Clarindo, que ajudou no primeiro atendimento aos moradores, as linhas telefônicas apresentavam problemas. Além disso, o hospital local não conseguiu realizar os atendimentos em razão da falta de luz. Muitas pessoas foram socorridas dentro de seus carros.

Deve chover muito em todo o Paraná durante o fim de semana, se estendendo até segunda-feira. De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, a causa de tanta água é uma frente fria, que já causou tempestades na Argentina e no Rio Grande do Sul. Ventos da Região Centro-Oeste do Brasil vão impedir que a frente fria suba para São Paulo ou rume para o oceano.

Enquanto isso...
…Seca na Grande SP


Sem registrar chuvas nas regiões dos principais reservatórios, o nível dos seis mananciais responsáveis por abastecer São Paulo e a região metropolitana registrou queda ontem, de acordo com relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Cantareira, considerado o principal sistema hídrico, voltou a perder água represada após um dia de estabilidade. Atendendo atualmente 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira, o maior de todos os reservatóriso, opera com 16,5% da capacidade, segundo índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp que considera duas cotas de volume morto como se fossem volume útil do sistema. Sobre a região do Cantareira não chove há quatro dias. A pluviometria acumulada em outubro estagnou em 41,6mm, o que representa cerca de 32,3% do volume de chuva esperado para o mês inteiro, já que a média histórica é de 128,5mm.

 


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