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Estado de Minas

Moradores do extremo da zona sul invadem aula de Haddad na USP


postado em 27/04/2015 12:31

São Paulo, 27 - Um grupo com cerca de 30 a 40 moradores de bairros do distrito de Parelheiros, na zona sul da capital paulista, interrompeu por volta das 9 horas desta segunda-feira, 27, a aula do prefeito Fernando Haddad (PT), no prédio da pós-graduação de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo (USP), no campus Butantã, na zona oeste. Os moradores exigiam a criação urgente de linhas de ônibus em seus bairros, no extremo sul da cidade. Eles levaram um documento para que o prefeito assinasse se comprometendo a implantar cinco linhas.

"O Haddad não assinou o compromisso, mas deu a palavra dele de que teria uma reunião no dia 16 ou 23 de maio", disse Luíze Tavares, militante do movimento Luta do Transporte no Extremo Sul.

Segundo Luíze, o prefeito chegou a se retirar da sala de aula por se sentir ofendido com a intervenção. Haddad teria dito, ainda de acordo com a manifestante, que não assinaria documento algum e que não era para os moradores interromperem a aula.

"Nós entramos, apresentamos o histórico dos bairros. A principio, ele não queria que interrompêssemos a aula, pediu para procurarmos por ele no intervalo", afirmou a militante. "Houve alguns momentos de tensão porque ele achou que estava sendo ofendido. Mas ele não acha que ofender é a pessoa andar duas horas para um ponto de ônibus."

Em seguida, Haddad teria se retirado da sala e moradores foram atrás dele. Os seguranças teriam acompanhado a saída do prefeito. "Ele parou no corredor das Ciências Sociais e ali terminou a conversa. Lemos para ele o que queríamos que ele assinasse, ele concordou em partes, mas disse que não ia assinar de qualquer jeito", declarou Luíze.

Ainda de acordo com Luíze, a reunião no dia 16 ou 23 de maio está prevista para ocorrer na subprefeitura de Parelheiros.

A luta pelas linhas na região é histórica. Em 2014, moradores da região chegaram a organizar uma van, chamada pelo grupo de "linha popular", por um dia e se acorrentaram no saguão da Prefeitura como forma de protesto.


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