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Estado de Minas

Falso terrorista de Brasilia é indiciado por sequestro e cárcere privado

O responsável pela farsa terrorista em um hotel do centro de Brasília deve ser transferido até amanhã para o Complexo Penitenciário da Papuda


postado em 02/10/2014 10:48

(foto: Ana Rayssa/CB DA Press)
(foto: Ana Rayssa/CB DA Press)

A Justiça converteu ontem em preventiva a prisão de Jac Souza dos Santos, 30 anos. Na última segunda-feira, o homem manteve refém por sete horas um funcionário do St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Sul. Ontem, o advogado dele ingressou com um pedido de liberdade provisória, mas não obteve êxito na tentativa de fazer com que o cliente respondesse ao processo em liberdade. Indiciado por sequestro e cárcere privado, o acusado deve ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda até amanhã.

O defensor dele, Carlos André Nascimento, admitiu ainda não ter uma estratégia para amenizar a situação e ressaltou ter desistido de tentar provar que o ex-secretário municipal de Tocantins sofra de doença mental. “A família não conseguiu encontrar exames que pudessem indicar algo próximo a um surto. A situação dele é bastante delicada, mas entendo que não oferece risco à sociedade. A esperança é conseguir a liberdade provisória o mais rapidamente possível”, explicou.

Na última segunda-feira, Jac usou uma arma de brinquedo para render o mensageiro do St. Peter José Aílton de Sousa, 48 anos, no 13º andar. Também o obrigou a vestir um colete com falsas dinamites. Os dois apareceram várias vezes em varandas. Ontem, a vítima saiu pela primeira vez de casa. Conversou com vizinhos, no Novo Gama (GO), onde mora, e saiu para tomar café numa padaria. “Eu aparentava estar tranquilo, mas, por dentro, estava em pedaços. Pensava que ia morrer a todo momento.” Ele volta ao trabalho na próxima segunda.

Selfie
Uma selfie tirada por um agente da Divisão de Operações Especiais (DOE) durante o sequestro no St. Peter provocou mal-estar na Polícia Civil. Enquanto um atirador de elite se concentrava mirando com o fuzil o sequestrador, um servidor da tropa de elite da corporação fazia fotos dele e do colega. Numa das mãos, ele segurava um binóculo e, na outra, o telefone celular. A missão do agente era abastecer o sniper com o máximo de informações sobre o posicionamento da vítima e do sequestrador.

Apesar do constrangimento, o agente não será punido. O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, reconheceu que o ato do subordinado foi inconveniente, mas descartou abrir uma apuração interna. “Ele deve ser chamado a atenção pelo chefe imediato, mas não vamos abrir sindicância. Não houve nenhum prejuízo à operação e, apesar de ser uma atitude reprovável, esse policial fez um bom trabalho, assim como o restante da equipe”, disse.


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