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Estado de Minas

Deputada diz que carona a ativista no Rio de Janeiro não foi fuga

Polícia Civil vê "crime de favorecimento", porque há mandado de prisão contra a mulher, que teve o pedido de asilo político negado pelo país vizinho


postado em 23/07/2014 10:17

Protesto realizado no Rio de Janeiro contra a prisão arbitrária de ativistas (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Protesto realizado no Rio de Janeiro contra a prisão arbitrária de ativistas (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os desdobramentos do caso dos ativistas condenados por atos violentos em manifestações envolvem agora uma deputada estadual do Rio de Janeiro e podem chegar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA). A parlamentar Janira Rocha (PSol) foi acusada de favorecimento por ter dado carona à advogada Eloisa Samy, 45 anos, na saída do Consulado-geral do Uruguai, na Zona Sul da cidade. Eloisa integra a lista dos 23 condenados depois de denúncia do Ministério Público de planejar e participar de protestos violentos na capital fluminense. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o caso e deve recorrer ao organismo internacional, alegando “violações de direitos humanos e de garantias constitucionais” no inquérito contra o grupo de manifestantes.

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A deputada estadual acompanhava o caso desde o momento em que o pedido de asilo político foi feito na representação diplomática por Eloisa, Davi Paixão e Camila Nascimento — eles alegaram estar sofrendo perseguição pelo estado do Rio. No início da noite da última segunda-feira, ela informou à imprensa que a solicitação fora negada. Depois da resposta negativa, ela deu carona à advogada. “No desespero da advogada que não conseguiu asilo, ela me pediu para levá-la até São Conrado (bairro do Rio), onde desceu e pegou um táxi para encontrar a família”, disse Janira. Eloisa e outras 17 pessoas são consideradas foragidas desde sexta, quando a Justiça do Rio aceitou denúncia contra ela e outros 22 réus acusados de se associarem para a prática de crimes em protestos, incluindo depredações e agressões a policiais.

 

A saída do consulado, no entanto, foi considerada um delito pela Polícia Civil. A corporação informou, por meio da assessoria de imprensa, que tomou as medidas consideradas cabíveis. “Com base nas declarações da deputada estadual Janira Rocha, a 10ª DP (Botafogo) notificou a presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e o Tribunal de Justiça sobre o crime de favorecimento pessoal (Artigo 348 do Código Penal), que teria sido cometido pela parlamentar”, disse a nota. 


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