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Estado de Minas

Chuva recorde desaloja 80 famílias no Recife

Choveu 37% do previsto para todo o mês de junho, cidade teve novamente famílias desalojadas, vias alagadas e trânsito difícil


postado em 27/06/2014 10:15

Motoristas empurram carros com a ajuda de pedestres em área alagada pela chuva (foto: João Calazans/Esp DP/D.A Press)
Motoristas empurram carros com a ajuda de pedestres em área alagada pela chuva (foto: João Calazans/Esp DP/D.A Press)

Alagamentos, quedas de barreiras e famílias desalojadas em uma quinta-feira de chuva e transtornos no Recife. Em 12 horas, choveu 37% do previsto para o mês inteiro. Em alguns trechos da Avenida Norte, entre os bairros do Rosarinho e Santo Amaro, a altura da água chegava ao capô dos veículos.

A área central foi bastante afetada. Uma ambulância quebrou na Rua Gonçalves Dias, na Boa Vista, por causa do alagamento. O entorno do Imip ficou inundado e pacientes tiveram dificuldade de chegar ao hospital. Canais como o do Arruda e da Agamenon transbordaram. Transtornos semelhantes também foram registrados nas zonas Sul e Oeste da cidade.

Entre as 4h e as 16h, a Defesa Civil do Recife registrou 140 mm de chuva. Eram previstos 380 mm para todo o mês de junho. A precipitação desta quinta-feira superou as fortes chuvas de 23 de abril, quando a cidade ficou alagada após caírem 123mm.
Até as 18h, o órgão recebeu 283 ocorrências, entre deslizamentos de terra, transbordamento de canais, solicitações de vistorias e reposição de lonas. Oitenta famílias ficaram desalojadas. De acordo com a prefeitura, cerca de 1,2 mil profissionais estão envolvidos em ações para minimizar os transtornos.

Como sempre acontece quando chove acima da média, a Rua Capilé, em Campo Grande, ficou completamente alagada. A água entrou em dezenas de casas e os moradores perderam móveis, eletrodomésticos e documentos. O servente de pedreiro Genilson Dias, 19, ficou ilhado nas primeiras horas do dia. Depois, decidiu sair de casa com a água nos joelhos. “A água molhou nossos móveis. Nem pagamos todas as parcelas e já perdemos”, lamentou.

“Moro aqui há 19 anos e essa situação se repete sempre. Não consegui ir ao trabalho, pois perdi documentos”, disse a promotora de vendas Karla Santana, 23. Foram registrados 89 deslizamentos, sem feridos, no Vasco da Gama, Dois Unidos, Linha do Tiro, Jordão, Ibura, Várzea, Dois Irmãos e Córrego do Jenipapo. Nessas localidades, 15 famílias precisaram sair de casa e foram encaminhadas a residências de parentes. Nenhuma precisou ser levada a abrigos.

Devido ao transbordamento do Rio Beberibe, outras 30 famílias, da Campina do Barreto, foram alojadas na Escola Municipal de Água Fria. No local, foram entregues refeições e kits de limpeza, lençóis e colchões. Na comunidade do Novo Caxangá, próxima ao Rio Capibaribe, cerca de 35 famílias foram encaminhadas para casas de parentes. A Defesa Civil realizou 212 vistoriais e instalaram 25.420 m2 de lonas em 101 pontos. A Defesa Civil do Recife atende 24h pelo telefone 0800-081-3400.


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