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Estado de Minas

Dominguinhos morre aos 72 anos em São Paulo

Herdeiro do Baião lutava contra um câncer no pulmão há mais de seis anos


postado em 23/07/2013 19:58 / atualizado em 23/07/2013 20:51

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Morreu às 18h desta terça-feira, aos 72 anos, o cantor e compositor Dominguinhos, o herdeiro do Baião. O artista lutava há seis anos contra um câncer no pulmão e, de acordo com o filho, estava em coma irreversível desde março. Segundo informações do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo - onde ele estava internado desde janeiro -, o óbito ocorreu por causa de complicações infecciosas e cardíacas.

Desde a tarde da última segunda-feira, Dominguinhos estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

No fim de 2012, o compositor teve problemas relacionados à arritmia cardíaca e infecção respiratória e foi internado no Recife, sendo posteriormente transferido para o Sírio-Libanês, na capital paulista. No último março, o filho mais velho do cantor disse que os médicos haviam informado que o pai estava em coma considerado irreversível. Apesar disso, em alguns momentos, Dominguinhos deu sinais de estar minimamente consciente e apresentou quadro de melhora, chegando a responder a alguns estímulos, apertando a mão da esposa e chorando.

Dominguinhos: herdeiro musical de Gonzagão
deixa legado inestimável para música popular

Biografia

José Domingos de Moraes nasceu no interior de Pernambuco, na cidade de Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. De família humilde, seu pai, mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro. Dominguinhos mostrou interesse pela música ainda criança e começou a aprender sanfona com seis anos de idade.

Ao lado dos dois irmãos, formou o trio "Os Três Pinguins" e se apresentou em feiras no Rio de Janeiro, com uma sanfona que tinha ganhado de Luiz Gonzaga. Ainda jovem, o músico se profissionalizou, tornando-se especialista nas sanfonas de 48, 80 e 120 baixos.

Herdeiro do "Rei do Baião"

Dominguinhos conheceu Gonzagão em 1950, aos nove anos de idade. Ele tocava na porta do hotel em que o "Rei do Baião" estava hospedado e impressionou o músico com sua desenvoltura. O próprio nome "Dominguinhos" foi uma sugestão de Luiz Gonzaga, que considerou que o apelido de infância, Neném, não o ajudaria na trajetória artística.

Em 1957, aos 16 anos, fez sua primeira gravação, tocando sanfona em um disco de Luiz Gonzaga, na música "Moça de feira", de Armando Nunes e J. Portela. No mesmo ano, em viagem ao Espírito Santo, com Borborema e Miudinho, formou um trio, batizado de Trio Nordestino.

Após fazer parte da equipe de Gonzaga, o artista viu sua reputação como músico e arranjador crescer e se aproximou de músicos do movimento bossa nova. Em 1967, fez parte de uma excursão de Gonzagão ao Nordeste, como sanfoneiro e motorista. Do próprio Rei do Baião, recebeu o título de "herdeiro". Durante toda a carreira, ele buscou retribuir o favor, apostando em novos músicos, como Yamandu Costa.


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