Giro pelo Brasil

Santa Catarina
Novo ataque em dia de aniversário
Um ataque a tiros contra uma delegacia de polícia em Itajai (a 100 quilômetros de Florianópolis), na madrugada de ontem, eleva para 114 o número de incidentes da onda de violência que atingiu 37 cidades catarinenses nos últimos 31 dias. O domingo marca o aniversário de 10 anos da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que lidera os ataques de dentro da cadeia. As forças de segurança estão com um esquema especial de prontidão, temendo novas investidas na data. Segundo a PM, às 3h50 de ontem, dois homens num Ford Fiest passaram na frente da central de polícia e atiraram cinco vezes no prédio, acertando as paredes, sem fazer vítimas. Várias guarnições da polícia passaram a circular na área, mas não encontraram os atiradores.

UPPs
Após a ocupação de comunidades do Caju e da Barreira do Vasco, no Rio, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que existe plano de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) para a Baixada Fluminense e para Niterói, mas ainda sem data definida. De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, a ocupação deste domingo durou apenas 25 minutos, terminou com 16 presos e um menor apreendido, segundo a secretaria estadual de segurança pública, e nenhum disparo precisou ser efetuado para tomar as comunidades, onde será instalada a 31ª UPP . “Se a população refletir, as pacificações não estão acontecendo por acaso. Existe um plano para a Baixada Fluminense e para Niterói, mas não serei mercenário da ilusão de dizer que vamos fazer uma unidade nesses lugares na semana que vem”, disse o secretário Beltrame.

Fim do luto
"A gente resolveu sair para voltar à vida como era antes". Era com esse espírito que a estudante de arquitetura Luciana Probst, de 23 anos, esperava na fila para entrar no Muzeo Pub, onde assistiria a um show do cantor Leo Paim, na noite de sábado, em Santa Maria (RS). A casa noturna abriu as portas pela primeira vez desde o incêndio que matou 240 pessoas na boate Kiss, em 27 de janeiro. Logo após a tragédia, a prefeitura decretou luto de 30 dias na cidade e proibiu as baladas de abrirem as portas. Quando o período imposto pelo governo local expirou, na quinta-feira, as casas foram fiscalizadas pela Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana. Somente aquelas com a documentação em dia puderam reabrir. Foi quando deu para ter uma ideia mais precisa do clima da cidade. A maioria das casas noturnas continua com as portas fechadas. Aquelas que abriram, pareciam animadas. No entanto, quem conhece bem a cidade percebeu que o movimento estava mais fraco que o de costume.