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Estado de Minas

Alunos se reúnem para discutir pichações homofóbicas na UnB


postado em 11/01/2013 07:56 / atualizado em 11/01/2013 08:15

(foto: TV Brasília/Reprodução)
(foto: TV Brasília/Reprodução)
Estudantes de todos os cursos da Universidade de Brasília (UnB) se reunirão nesta sexta-feira para debater as pichações homofóbicas que apareceram no Centro Acadêmico de Direito (Cadir). Eles vão elaborar projetos de conscientização e combate à homofobia e ao machismo na universidade.

Grupos LGBT da Universidade entraram em contato com o Cadir e organizaram o evento. Lucas Carneiro, coordenador geral do Centro Acadêmico do curso afirma que ações como essa são importantes para ampliar a discussão dentro da Universidade. "Os estudantes ficaram muito chocados com a situação e têm se manifestado para que haja uma discussão séria a respeito", explica. Ele acrescenta que a situação não é restita ao Direito. "Não dá mais para aceitar esse tipo de situação."


A Direção da Faculdade de Direito da UnB divulgou uma nota de repúdio às pichações. Assinada pelo diretor do curso, George Galindo, o texto diz que foi aberta uma sindicância para apurar os fatos.

"O conteúdo das inscrições agride de maneira brutal a dignidade de grupos e de qualquer indivíduo que se paute minimamente pelos valores da diversidade e do respeito mútuo ao gênero humano", diz a nota.

Segundo a nota, a Faculdade de Direito já entrou em contato com o reitor afim de que "sejam tomadas as medidas cabíveis do ponto de vista civil e criminal contra os responsáveis pelos atos de intolerância.

As pichações foram vistas no prédio na última terça-feira. As frases de intolerância e homofobia foram marcadas em tinta vermelha nas paredes do CA. Integrantes da gestão atual do centro, Maracatu Atômico, foram os primeiros a ver os dizeres marcados, entre eles “Não aos gays” e “Não existe nada mais sexy que um homem feminista”.

“O pessoal foi discutir sobre um evento que estamos organizando e viu as frases pichadas. Não deu para aceitar a situação, então, nos reunimos e discutimos o tema para tomar um posicionamento”, explica o coordenador-geral do CaDir, Lucas Carneiro.

Preconceito recorrente

Essa não foi a primeira vez que ações de intolerância ocorreram no CaDir. Em 2012, ainda na gestão Inclusão do CA, uma bandeira colorida que simboliza a minoria LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e travestis) e que havia sido confeccionada pelo Centro Acadêmico desapareceu. Tempos depois, descobriu-se que o símbolo tinha sido jogado pela janela. Na época, os culpados também não foram encontrados.

 


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