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Estado de Minas

Região Serrana em alerta após mortes

Um ano e três meses depois de fortes chuvas fazerem mais de 900 vítimas no Norte fluminense, população vive outro susto


postado em 08/04/2012 10:13

O temporal que atingiu a Região Serrana na tarde de sexta-feira e levou os técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a emitirem alerta nas bacias do Rio Bengalas e Corrego d’Antas, em Nova Friburgo, deixou cinco mortos em Teresópolis. O quinto corpo, que ainda estava soterrado, foi resgatado no fim da madrugada de ontem. Era uma mulher, moradora do Bairro de Santa Cecília. Uma vítima teria 14 anos e seria moradora do Bairro Quinta Lebrão. Um casal teria sido retirado sem vida de um desabamento em Bom Retiro. Na comunidade Pimentel há pelo menos um morto. Em janeiro de 2011, fortes chuvas devastaram as cidades matando mais de 900 pessoas.

O temporal deu uma trégua no município por volta das 23h e na manhã de ontem não havia registro de chuva, mas à tarde voltou a chover. O dia amanheceu nublado na região e, segundo boletim do Inea, os municípios de Macaé, Petrópolis, Nova Friburgo e todo o Norte e Noroeste Fluminense retornaram ao estágio de vigilância às 5h35. O Rio Meudon, na estação Unifeso, em Teresópolis, retornou para o estágio de atenção às 5h38. Na cidade havia 500 desabrigados. Bombeiros do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) e cães da corporação seguiram para Teresópolis na sexta-feira.

O secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, acompanha os trabalhos no local. De acordo com o órgão, o sistema de alerta sonoro da cidade foi acionado por volta das 18h30, nos bairros de Perpétuo e Rosário, e moradores foram orientados a seguir para os pontos de apoio. Cerca de mil pessoas já estariam nesses abrigos.

A Concessionária Rio–Teresópolis (CRT) fechou o trecho da serra entre os kms 89 e 104 da Rio–Teresópolis–Além Paraíba às 19h51 e só foi reaberto às 23h30. A empresa informou que a interrupção foi uma medida preventiva. A via estava liberada na manhã de ontem. Foram registrados pelo menos oito deslizamentos de terra em Teresópolis. A informação não foi confirmada pela Secretaria estadual Defesa Civil. A chuva mais intensa caiu na cidade entre as 14h30 e as 16h.

Os rios Meudon e Paquequer chegaram ao nível de alerta máximo e ultrapassaram o limite de transbordo em 23cm. Muitas ruas ficaram alagadas e intransitáveis e o efetivo do Corpo de Bombeiros ficou todo em atendimento em diversos pontos da cidade. Vários locais de Teresópolis e Petrópolis, na Região Serrana, estavam sem luz. Os bairros mais afetados seriam Vargem Grande, Meudom, Canoas, Alto e as comunidades de Perpétuo e Barroso. A empresa de energia informou que dobrou o número de suas equipes de emergência para restabelecer o serviço. Segundo a concessionária, raios e quedas de árvores contribuíram para que a rede elétrica fosse prejudicada em vários pontos.

Às 18h, de acordo com o Sistema de Alerta de Cheias do Inea, o Rio Bengalas, na altura da Praça do Suspiro, no Centro, e do Paissandu, estava 13cm além do nível de transbordamento. Na Avenida Euterpe, no Centro, duas famílias teriam deixado suas casas por causa de alagamento. A informação não confirmada pela Defesa Civil. O Rio Bengalas já começa a voltar ao nível normal. Às 18h45, a medição na altura da Praça do Suspiro indicava que o nível estava a 29 centímetros do limite da calha. Agora, há apenas um lamaçal na área que foi alagada.

ÁREAS DE RISCO


A Defesa Civil de Nova Friburgo informou que foram registrados pontos de alagamento também no Bairro de Duas Pedras, onde o ponto de apoio foi aberto para receber famílias em áreas de risco. Cônico e Olaria foram os bairros que mais sofreram, por estarem localizados na cabeceira do Rio Bengalas. Choveu forte também as regiões Norte e Noroeste do estado, que se encontram em estado de atenção pelo Inea.

Prefeito cassado


Em novembro, foi cassado do cargo de prefeito de Teresópolis Jorge Mário Sedlacek (sem partido) sob denúncias de desvio do dinheiro que deveria ser usado na reconstrução da cidade após as chuvas de janeiro de 2011. Sedlacek estava afastado da prefeitura desde agosto de 2011, depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Secretaria Nacional de Defesa Civil encontraram irregularidades na aplicação de R$ 7 milhões enviados pelo governo federal em caráter emergencial para as obras. A Câmara dos Vereadores da cidade, que havia pedido o afastamento de Sedlacek por 90 dias, cassou seu mandato por unanimidade. O prefeito não compareceu à sessão que decidiu por sua cassação nem apresentou defesa posterior. A suspeita de irregularidades levou a CGU a determinar o bloqueio da conta de Teresópolis abastecida pela União e também a pedir o ressarcimento dos R$ 7 milhões.


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