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Estado de Minas

Le Pen briga por votos; apoios a Macron se multiplicam


postado em 30/04/2017 09:16

A ultradireitista Marine Le Pen continuava neste domingo sua ofensiva nas ruas para tomar a vitória de seu rival centrista Emmanuel Macron, que deseja levar o debate aos "valores" da França, a uma semana do segundo turno das presidenciais.

Após uma visita surpresa aos funcionários de uma fábrica ameaçada de fechamento e o anúncio de uma aliança inédita com o líder de outro partido, a candidata da Frente Nacional (FN) improvisou uma visita no sul centrada na ecologia. Sua campanha pretende ampliar rapidamente sua base eleitoral para demonstrar que as pesquisas se equivocam prevendo sua derrota no dia 7 de maio.

O jovem centrista europeísta programou uma visita ao Memorial da Shoah em Paris por ocasião do dia nacional em memória das vítimas da deportação, depois de ter viajado nesta semana ao povoado mártir da Segunda Guerra Mundial para "não esquecer jamais" "uma das páginas mais obscuras da história da França".

A distância se estreita entre os dois finalistas - Emmanuel Macron tem 59% das intenções de voto, contra 41% de sua rival - e a aliança selada no sábado entre Le Pen e o líder de um pequeno partido antieuropeísta pode reforçar a posição da candidata da FN.

Nicolas Dupont-Aignan, que obteve 4,7% dos votos no primeiro turno das eleições, será nomeado primeiro-ministro em caso de vitória, anunciou Marine Le Pen.

A candidata, que dirige há anos uma estratégia de normalização de seu partido, fundado em 1972, justificou sua decisão em nome do "patriotismo".

Em relação à proposta de abandonar o euro, Le Pen quer negociar esta questão em Bruxelas, mas já não apresenta a ideia de restabelecimento de uma moeda nacional como prioridade.

Em uma visita improvisada no sul para denunciar os resíduos poluentes emitidos há anos por uma fábrica e que gera a revolta das associações ecologistas, Le Pen defendeu sua visão de uma "verdadeira ecologia".

- 'Monstruoso' -

Paralelamente, se multiplicam os apelos em vários campos políticos, mas também de figuras respeitadas na França, de artistas e associações, para convocar os eleitores a votar por Macron com o objetivo de "proteger os valores da República".

A eleição de Marine Le Pen seria algo "monstruoso", considerou Daniel Cordier, ex-secretário de Jean Moulin, figura da resistência francesa durante a ocupação nazista, em uma entrevista no Journal du Dimanche.

"Le Pen na vida política francesa representa a negação de tudo pelo qual nós combatemos", estimou Cordier, de 96 anos.

O ex-ministro da Justiça Robert Badinter, voz muito respeitada na França, denunciou igualmente a vontade da candidata de instaurar "um princípio constitucional de 'preferência nacional'".

Esta medida "abriria caminho a medidas humanamente detestáveis, especialmente sobre a escola, a saúde, as habitações sociais ou o emprego. Não é somando miséria à desconfiança que poderemos integrar os estrangeiros estabelecidos legalmente em nosso território", denunciou.


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