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Estado de Minas

Peña Nieto a Trump: 'Nem confronto nem submissão'


postado em 24/01/2017 00:46

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, enfatizou nesta segunda-feira (23) que, nas negociações comerciais e políticas que terá com o mandatário americano, Donald Trump, não haverá "nem confronto nem submissão".

Peña Nieto disse que "diante da evidente dificuldade de materializar o Tratado de Associação Transpacífico (TPP), o México iniciará as negociações imediatamente" para conseguir acordos bilaterais com os outros países participantes, depois que Trump ordenou a saída dos Estados Unidos dessa parceria.

Durante a campanha eleitoral, Trump também prometeu renegociar o tratado de livre comércio para a América do Norte (Nafta, sigla em inglês) com Canadá e México.

O republicano antecipou que pretende conversar com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e com Peña Nieto sobre uma "renegociação" das bases do Nafta por considerá-lo desvantajoso para os EUA.

Através do Nafta, o México coloca 80% de suas exportações nos Estados Unidos.

"Se para o México a relação com os Estados Unidos é fundamental, também para os Estados Unidos a relação com o México é de altíssima importância", declarou Peña Nieto, que se reunirá com Trump no dia 31 de janeiro, em Washington.

"Está claro que temos que que iniciar uma negociação" com os Estados Unidos sobre comércio e outros temas, e "há quem pelo tom da campanha sugere que o México tenha uma postura agressiva e de confrontação, e outras vozes veem as assimetrias como submissão, mas nenhuma destas posições será a solução. Nem confrontação nem submissão, a solução é diálogo e negociação".

Segundo o presidente, a partir de agora o México vai se concentrar em diversificar suas relações comerciais. Este país é "orgulhosamente latino-americano" e tem "oportunidades" comerciais na região e no mundo.

Peña Nieto também reafirmou sua profunda rejeição ao muro que Trump quer construir na fronteira com o México, como parte de sua política contra a imigração ilegal.

"O México reconhece os direitos de qualquer Nação soberana de garantir sua segurança, mas o México não acredita em muros, nosso país acredita em pontes (...) para promover a boa vizinhança".

Como primeiro objetivo na relação bilateral, Peña Nieto mencionou que "existe um compromisso do governo dos Estados Unidos de garantir um tratamento humano e de respeito com os direitos dos imigrantes mexicanos".

Também defendeu que "qualquer processo de repatriação de imigrantes sem documentos se realize de maneira ordenada e coordenada".

Trump retirou os Estados Unidos do TPP nesta segunda-feira, após qualificar o acordo de "assassino de empregos" durante a campanha eleitoral.

"Isso é simbólico", disse à imprensa o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, acrescentando que "se abre uma nova era que favorecerá os trabalhadores americanos antes do que qualquer outra coisa".

O TPP foi promovido e assinado por seu antecessor, o democrata Barack Obama, na Casa Branca, com o objetivo de formar a maior área de livre-comércio do mundo.

Concebido como um contrapeso à influência crescente da China, esse tratado foi assinado em 2015 por 12 países da região Ásia-Pacífico, mas não entrou em vigor.

Representando quase 40% da economia mundial, os países signatários são Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.


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