O sueco Tomas Lindahl, um dos três premiados com o Prêmio Nobel de Química nesta quarta-feira, comemorou a notícia tomando champanhe em taças de plástico e comendo biscoitos aperitivos com seus colegas durante uma pequena festa improvisada às pressas.
Entre os convidados para a festa organizada no Francis Crick Institute, em South Mimms, no subúrbio de Londres, estavam o britânico Tim Hunt, premiado com o Nobel de Medicina em 2001 e pupilo de Lindahl.
"Foi o melhor dos orientadores e um gigante na área, um verdadeiro pioneiro", declarou Hunt à AFP sobre o herói do dia, que foi diretor do Instituto entre 1985 e 2006.
Tomas Lindahl, 77 anos, recebeu o Nobel de Química ao lado do turco-americano Aziz Sancar e do norte-americano Paul Modrich, por seus trabalhos sobre a reparação do DNA.
"Estava tomando meu café da manhã quando soube da notícia", contou à AFP. "Recebi um telefonema de uma moça simpática da Academia na Suécia e começamos a falar em sueco, o que me convenceu de que não era um trote", brincou.
Receber o prêmio é "muito gratificante", ressaltou. "Fazemos pesquisa. Não apenas seguimos os números da bolsa de valores para ganharmos o máximo de dinheiro possível, fazemos um trabalho construtivo que vai, esperamos, realmente ajudar a humanidade".
Lindahl não espera "fazer nada de espetacular" com o dinheiro que acompanha o prêmio (mais de 860.000 euros dividido entre os três). "Nunca fui a Siena", na Toscana, "e parece que lá é um museu a céu aberto, gostaria muito de conhecer", disse.