Os Estados Unidos manifestaram nesta terça-feira sua satisfação com o adiamento de eleições "ilegais" por parte dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, e comemoraram o início da retirada de armas pesadas por parte de Kiev, Moscou e dos rebeldes.
"Estados Unidos dão as boas-vindas (...) ao adiamento das eleições ilegais no leste da Ucrânia por parte dos separatistas apoiados pela Rússia", disse o porta-voz do departamento de Estado Mark Toner.
Toner destacou que as pessoas que vivem nas zonas controladas pelos separatistas têm o "direito de escolher seus representantes locais através de eleições que cumpram as normas internacionais, a legislação da Ucrânia e que sejam monitoradas pela OSCE, como exigem os acordos (de paz) de Minsk" firmados em 2014 e 2015 por Moscou e Kiev.
O porta-voz também celebrou que "Ucrânia, Rússia e os separatistas começaram a retirar as armas pesadas da linha de frente do leste da Ucrânia", e disse que observa "um reforço do cessar-fogo e da retirada de armas e combatentes, como estipulam os acordos de Minsk".
Os separatistas anunciaram nesta terça-feira o adiamento das eleições locais previstas para 2016, após pedidos dos europeus.
"Anunciamos o acordo das duas repúblicas autoproclamadas para adiar as eleições previstas para 18 de outubro e 1° de novembro para o ano que vem", anunciaram os representantes dos territórios em um comunicado conjunto.
A Ucrânia e os países ocidentais exigiam o anulação das eleições, que os rebeldes pretendiam organizar segundo suas próprias regras.
As eleições foram discutidos na sexta-feira passada na reunião de cúpula que reuniu em Paris os presidentes da França, Ucrânia e Rússia - François Hollande, Vladimir Putin e Petro Poroshenko, respectivamente - e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O conflito armado na Ucrânia, ex-república soviética situada na fronteira com países da União Europeia, causou a morte de mais de 8.000 pessoas desde abril de 2014.