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Estado de Minas

Chive vive noite de pesadelo com terremoto que deixou oito mortos


postado em 17/09/2015 10:55

O Chile viveu uma noite de pesadelo depois que um potente terremoto de 8,3 graus atingiu o centro e o norte do país, deixando oito mortos e um desaparecido.

"Vivemos uma noite de pesadelo, o movimento foi muito e foi longo, muito longo e prosseguiu com os tremores secundários", disse à AFP Maria Ramírez, enquanto varria a porta de sua casa, localizada em frente ao cemitério de Illapel, um dos locais mais atingidos.

Ao anunciar o balanço mais recente na sede do Escritório Nacional de Emergências (Onemi), em Santiago, o ministro do Interior e Segurança, Jorge Burgos, lamentou a perda de vidas, mas ressaltou que o número preliminar de mortos é muito baixo em comparação com a magnitude do fenômeno.

O terremoto foi sentido às 19h54 (mesmo horário de Brasília) de quarta-feira e ativou imediatamente um alerta de tsunami em toda a costa chilena e em vários países do Pacífico, que foi cancelado horas depois.

Grande magnitude

"Trata-se de um terremoto de grande magnitude, classificado como o terremoto mais potente que o mundo teve em 2015, mas os chilenos estão acostumados", acrescentou o ministro.

Burgos situou a região de Coquimbo, no norte, como a zona mais afetada pelo terremoto, que teve seu epicentro 42 km a oeste da pequena localidade de Canela Baja, no mar, segundo o último balanço oficial.

As zonas povoadas mais afetadas, de acordo com o primeiro balanço, seriam a localidade de Illapel, de 31.000 habitantes e 230 km ao norte de Santiago, assim como o povoado costeiro de Tongoy, na região de Coquimbo, onde as ondas arrasaram sua costa.

Em Illapel casas construídas com materiais leves desabaram, enquanto o cemitério local era um caos com dezenas de cruzes, vasos e túmulos destruídos, constatou a AFP.

A presidente Michelle Bachelet disse antes de viajar à zona de desastre que "ainda não temos uma magnitude real dos danos causados".

Além disso, destacou os "padrões de construção" deste país, um dos mais sísmicos do mundo, que "permitiram que a infraestrutura respondesse adequadamente".

"Todos disseram que este é o sexto terremoto na história do Chile (...) mas diante disso até agora a resposta foi boa", destacou a presidente, que decretou zona de catástrofe para a província de Choapa (norte), onde se localizou o epicentro do tremor.

Isso implica que esta região fica sob comando militar e o Estado entregará maiores recursos à localidade para atender a emergência.

Localidade destruída

Em Tongoy, o mar atingiu a costa e as ondas geraram grande destruição no centro da localidade.

"A cidade está destruída. Aqui foi terrível", narrou um vizinho de Tongoy à TVN.

O porto da cidade de Coquimbo também sofreu severos danos, de acordo com as autoridades.

O alerta de tsunami motivou a transferência a setores altos de um total de um milhão de pessoas, sem maiores complicações em todo o território nacional. A maioria já havia retornado as suas casas.

"Quase um milhão de chilenos e chilenas foram retirados ordenadamente", disse Burgos.

Quase 160.000 famílias ainda estavam sem energia elétrica e 616 estavam abrigadas, declarou por sua vez Ricardo Toro, diretor da Onemi.

As aulas foram suspensas nas localidades costeiras da região centro-norte.

Tremores secundários

O Centro Sismológico Nacional (CSN) do Chile estimou que o terremoto foi de 8,4 graus na escala Richter, enquanto o Serviço Sismológico dos Estados Unidos (USGS) o calculou em 8,3 graus de magnitude de momento.

Dezenas de tremores secundários, alguns deles de grande intensidade, continuavam sendo registrados nesta quinta-feira e mantinham a população em alerta.

O movimento foi sentido na Argentina, especialmente na zona fronteiriça com o Chile, mas também em sua capital, Buenos Aires, mais de 1.500 km a leste do epicentro.

Em Santiago foram observadas cenas de pânico e milhares de pessoas deixaram os edifícios altos, mas não houve cortes de energia nem grandes danos em infraestruturas.

A Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, com quase 11% do total mundial, informou que nem seus trabalhadores, nem suas operações sofreram danos.

Em 2010, a zona central do Chile foi abalada por um terremoto de 8,8 graus e por um posterior tsunami, que deixou mais de 500 mortos.

Em abril do ano passado, outro terremoto, de 8,2 graus, abalou a cidade de Iquique, deixando seis mortos.


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