As bioquímicas Emmanuelle Charpentier, francesa, e Jennifer Doudna, americana, foram anunciadas nesta quinta-feira como as vencedoras do prêmio Princesa das Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica 2015 pelo desenvolvimento de uma tecnologia que "permite modificar genes com grande precisão e simplicidade".
Esta tecnologia, denominada sistema CRISPR-Cas, "permite eliminar, ativar, inativar, inclusive corrigir qualquer gene e abre assim a possibilidade de desenvolver tratamentos dirigidos a doenças genéticas que atualmente carecem de terapias eficazes", destacou o júri.
Entre as doenças estão o câncer, a fibrose cística ou a síndrome de imunodeficiência combinada grave, explicou a Fundação Princesa das Astúrias em um comunicado.
Nascida em 11 de dezembro de 1968 em Juvisy-sur-Orge (França), Charpentier tem um doutorado em Microbiologia pelo Instituto Pasteur de Paris e ampliou sua formação nos Estados Unidos.
Doudna (Washington, 1964) tem doutorado em Química Biológica e Farmacologia Molecular em Harvard.
A Fundação Príncipe das Astúrias foi rebatizada como Fundação Princesa das Astúrias em homenagem a Leonor de Borbón, de 9 anos, nova herdeira do trono da Espanha após a proclamação de seu pai, Felipe VI, como novo monarca em junho do ano passado.