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Estado de Minas

Jornalistas libertados na Síria retornam para a França


postado em 20/04/2014 09:10

Os quatro jornalistas franceses libertados após 10 meses de cativeiro na Síria, que passaram sob o controle de um grupo jihadista vinculado à Al-Qaeda, retornaram neste domingo para a França.

Mais de 24 horas depois do anúncio da libertação, os primeiros elementos sobre o sequestro pelo Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL) começaram a ser revelados.

Edouard Elias, Didier François, Nicolas Hénin e Pierre Torres foram deixados por homens não identificados durante a noite de sexta-feira na fronteira entre Síria e Turquia.

Nicolas Hénin afirmou que teve uma tentativa frustrada de fuga e passou por vários locais de detenção.

O presidente francês, François Hollande, recebeu os jornalistas no aeroporto militar de Villacoublay, região de Paris.

"Foi longo, mas nunca tivemos dúvidas. Sabíamos que todo mundo estava mobilizado", declarou o repórter Didier François, que agradeceu aos diplomatas e agentes dos serviços secretos pelo trabalho "absolutamente formidável, com muita discrição".

O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, afirmou que vários sequestradores falavam francês.

François, da rádio Europe 1, relatou que os quatro passaram 10 meses em porões sem ver a luz do dia, um mês e meio acorrentados uns aos outros.

"Em um país em guerra, nunca nada é fácil, comida, água ou energia elétrica. Algumas vezes, tudo acontecia muito rápido, os combates estavam perto e éramos transferidos rapidamente em condições difíceis", disse.

O repórter Nicolas Hénin, da revista Le Point, feliz com os dois filhos no colo, afirmou que "nem sempre" o tratamento dos sequestradores era bom.

Hollande repetiu que a França não paga resgates no caso de reféns.

"É um princípio muito importante para que os sequestradores não caiam em tentação de tomar outros reféns. Tudo foi feito com negociações, conversações. Não quero ser mais preciso".

Desde o início da guerra entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes em 2011, mais de 30 jornalistas estrangeiros foram sequestrados na Síria.

A libertação dos franceses aconteceu após a de vários jornalistas europeus que estavam sob poder do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL), o mais radical dos grupos jihadistas na Síria.

Mas alguns jornalistas continuam sequestrados no país, entre eles os americanos Austin Tice, desaparecido em agosto de 2012, e James Foley, desde novembro de 2012, que já foi colaborador com a AFP.


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