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Estado de Minas

Rebeldes curdos começam retirada


postado em 09/05/2013 00:12 / atualizado em 09/05/2013 07:24

Conforme anunciado em março, os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, nas iniciais em curdo) deram início à retirada gradual do território turco para para bases no Norte do Iraque. A ala militar do movimento PKK, o HPG, confirmou a retirada e advertiu a Turquia para que não faça nenhuma provocação que possa colocar em perigo a operação. O PKK acrescentou que permanecerá fiel ao seu compromisso de se retirar do solo turco se não for atacado pelas forças turcas e recusou o pedido do governo turco para depor suas armas antes da retirada.

A retirada é um estágio crucial do processo de paz entre o governo turco e os rebeldes curdos, envolvidos ao longo das últimas décadas em um dos mais sangrentos conflitos do planeta. O PKK, que luta por mais autonomia e direitos para a população curda, declarou cessar-fogo em março e concordou em retirar seus combatentes da Turquia a pedido de seu líder, Abdullah Ocalan, preso em uma penitenciária de segurança máxima. Murat Karayilan, comandante rebelde, disse que o PKK não vai se desarmar enquanto a Turquia não implementar reformas democráticas que garanta mais direitos aos curdos e anistie todos os rebeldes presos, inclusive Ocalan.

Gultan Kisinak, líder de um importante partido político curdo na Turquia, informou que o primeiro grupo de combatentes começou a avançar em direção à fronteira com o Iraque. O vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc, declarou que o governo acompanha a situação. “O importante para nós é o resultado. Sentimos que estamos perto de obter resultados", afirmou.

Os rebeldes têm reclamado de ações "provocativas" da Turquia, como voos de reconhecimento, construção de postos militares e movimentação de tropas, mas prometem manter a retirada mesmo assim. Estima-se que o PKK possua entre 1,5 mil e 2 mil guerrilheiros na Turquia, além de outros milhares radicados no Norte do Iraque, no estado do Curdistão do Sul. A expectativa é de que a retirada seja concluída somente daqui a alguns meses.

Selahattin Demirtas, co-presidente da principal formação pró-curda da turquia, o Partido pela Paz e a Democracia (BDP) disse temer a intervenção de "forças obscuras" durante a retirada. "Não esperamos um ataque do Exército, mas das forças obscuras, dos paramilitares, que não estão sob o controle das forças governamentais e que podem tentar sabotar a operação", falou. No passado, o Exército turco havia aproveitado as tréguas unilaterais do PKK para causar grandes perdas em suas tropas.


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