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Estado de Minas

Obama defende ação significativa

Em pronunciamento emocionado, presidente classificou o episódio como crime hediondo e decretou luto nacional


postado em 15/12/2012 00:12 / atualizado em 15/12/2012 07:51

Sílvio Ribas

Brasília – “Meu coração está despedaçado, não só como presidente, mas também como pai", disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentando controlar a emoção durante pronunciamento na Casa Branca sobre o massacre de ontem na Escola Primária Sandy Hook, em Newtown (Connecticut). Ele foi às lágrimas e se esforçou para se recompor, antes de afirmar que sentia "tristeza opressiva" e que considerava o tiroteio um "crime abominável".

Obama prometeu adotar medidas "significativas" para impedir mais tragédias com armas de fogo no país, "independentemente de questões políticas". "Como país, estamos vendo esses eventos trágicos se repetirem cada vez mais", disse, mencionando massacres anteriores no Colorado, no Oregon e no Wisconsin (veja o quadro abaixo). "A maioria daqueles que morreram hoje eram crianças, lindas criancinhas com idades de 5 a 10 anos. Elas tinham a vida toda pela frente, aniversários, formaturas, casamentos, seus próprios filhos", acrescentou, durante o discurso.

O presidente fez várias pausas e respirou profundamente, algumas vezes enxugando as lágrimas que insistiam em cair, ao dar suas primeiras palavras sobre o assassinato de pelo menos 26 pessoas, incluindo 20 crianças, que chocou o mundo. "Que Deus abençoe a memória das vítimas e, nas palavras das Escrituras, cure os corações partidos e emende suas feridas", afirmou Obama, que classificou o massacre de "ato de violência sem sentido".

As declarações do mandatário foram ouvidas em silêncio – à exceção dos cliques das câmeras disparadas – na barulhenta sala de imprensa da Casa Branca.  Mais cedo, ele ordenou que todas as bandeiras dos Estados Unidos na Casa Branca, em prédios oficiais e em instalações militares fossem hasteadas a meio mastro, em homenagem às vítimas. A ordem vai vigorar até o pôr do sol de terça-feira. "Entre os mortos, estão ainda professores, homens e mulheres que devotaram suas vidas a ajudar nossas crianças a realizar seus sonhos", disse. "Nossos corações estão partidos hoje por causa dos pais e avós, dos irmãos e irmãs daquelas crianças pequenas e pelas famílias daqueles que se perderam. Estas localidades são nossas, essas crianças são nossas", emendou.

Obama foi informado sobre o massacre pela manhã por seu conselheiro de antiterrorismo e segurança doméstica John Brennan, no Salão Oval da Casa Branca. Mas autoridades disseram que era muito cedo para mergulhar em um debate imediato sobre se o presidente deveria apoiar uma legislação de controle de armas mais estrito, uma questão muito contestada em Washington. Isso porque os primeiros detalhes sobre o incidente em Newtown não davam a exata dimensão da tragédia.

SOLIDARIEDADE Ele pediu que os pais e as mães da nação se solidarizem com os que perderam seus filhos em Connecticut e "estendam a mão" para os que estão precisando de ajuda. "Sei que não há nenhum pai nos EUA que não sinta o mesmo pesar que eu sinto. Há pais e mães que precisam de nós e, agora, é a hora de estender a mão para os necessitados." "Perdemos também professores que dedicaram suas vidas a ensinar crianças", completou. Emocionado, afirmou que "nada pode preencher o espaço de uma criança perdida ou de um ente querido". O homem mais poderoso do mundo chorou ao falar que abraçaria suas filhas com mais força. "Esta noite, eu e Michelle vamos abraçar nossas filhas um pouco mais forte e dizer que nós as amamos muito", revelou.


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