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Idosa morre após cirurgia para retirar ‘bebê de pedra’ no MS


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reprodução redes sociais

Ela descobriu a condição por acaso, depois de ir à uma consulta no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã (MS).

divulgação / governo ms

Segundo o hospital, Daniela Almeida Vera deu entrada na unidade no dia 14 de março com um quadro de infecção grave.

Ben Kerckx por Pixabay

Depois de um tempo, a mulher passou a ter dores e mal-estar e decidiu procurar atendimento novamente. Ela foi internada 10 dias depois.

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Depois de uma bateria de exames, o hospital informou que 'foi detectada uma condição rara chamada de litopédio', durante um exame de imagem.

Imagem de Roman Paroubek por Pixabay

Litopédio é um acontecimento raro que se caracteriza pelo óbito de um feto durante a gravidez, seguido pela calcificação dele dentro do abdômen da mulher.

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A equipe médica desconfiou que o 'bebê de pedra' estava na barriga da idosa há pelo menos 56 anos, que foi quando ela ficou grávida pela última vez.

Daniel Reche por Pixabay

“A partir da infecção constatada, equipe médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) decidiu pela realização cirúrgica de emergência, com a finalidade de remover o feto e controlar o processo infeccioso”, comunicou a instituição, em nota.

insung yoon Unsplash

O hospital explicou que a cirurgia foi feita para tentar salvar a vida da mulher, pois ela estava com sepse, uma condição grave causada por uma infecção que se espalha pelo corpo.

Piron Guillaume Unsplash

Infelizmente, mesmo com o procedimento cirúrgico, a idosa não resistiu e faleceu.

arquivo pessoal

Segundo o secretário de saúde de Ponta Porã, a senhora vivia em Aral Moreira, que fica a 84 km de distância do hospital.

arquivo pessoal

Ela já estava sendo tratada por uma infecção urinária em sua cidade. Como seu estado de saúde piorou, ela precisou ser levada para o hospital em Ponta Porã, onde os médicos suspeitaram inicialmente de câncer.

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Em entrevista, a filha da idosa, Rosely Almeida, de 21 anos, disse que a mãe tinha medo de ir ao médico e sempre deu preferência a 'tratamentos alternativos'.

arquivo pessoal

'Ela era 'antiga' e somos indígenas. Ela não gostava de ir ao médico, tinha medo dos aparelhos para fazer exame', contou a filha.

David Mark por Pixabay

'A gente tá em choque, é muita tristeza. Ela era nossa mãe, a única que protegia a gente e agora ela se foi, ficamos meio perdidas', lamentou Rosely. A idosa deixa sete filhos e 40 netos.

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O hospital divulgou uma nota lamentando o falecimento da paciente e se solidarizando com familiares e amigos: 'Importante pontuar que a unidade manteve acolhimento e diálogo com os familiares, que ainda podem contar com apoio psicológico do hospital”.

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Essa não é a primeira vez que um caso desse tipo acontece no Brasil. Em 2023, se tornou viral nas redes sociais a história de senhora de 84 anos do interior do Tocantins, que descobriu que havia um feto calcificado de sete meses em seu corpo por mais de 40 anos.

Reprodução / Twitter @fotosdefatos

Na época, especialistas disseram que essa condição, embora seja muito rara, pode acontecer quando o feto acaba se desenvolvendo fora do útero.

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'Acontece quando é uma gravidez ectópica, em que o feto morre e não é reabsorvido pelo organismo da mãe e se calcifica. É como se se formasse uma concha de cálcio envolta do feto, 60% dos casos acontece com mulheres acima dos 40 anos”, explicou à CNN Mariana Betioli, obstetriz especialista em saúde íntima e CEO da Inciclo.

Gerd Altmann por Pixabay

Esses casos podem ocorrer quando não se retira o feto do corpo imediatamente após sua morte, muitas vezes devido à falta de conhecimento e acesso à saúde em comunidades carentes.

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“Normalmente a mulher não apresenta sintomas, por isso essa condição acaba sendo diagnosticada por acaso somente anos depois da gravidez”, disse a obstetriz.

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