Celebridades e TV

Ícone histórico da Portela ganha prêmio de ‘Personalidade de 2024’


Flipar
reprodução instagram

O reconhecimento foi concedido pelo Estandarte de Ouro, prêmio organizado pelos jornais O Globo e Extra.

reprodução instagram

Pela Portela, Vilma já havia levado quatro estandartes de melhor porta-bandeira (1977, 1978, 1979 e 1989) e um de destaque feminino, em 1982. Conheça mais sobre ela!

reprodução instagram

Vilma Nascimento nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Seu nome é presença marcante na história do samba e da própria Portela.

divulgação portela

Desde muito nova, Vilma já era uma apaixonada pelo samba. Aos poucos, ela foi construindo uma carreira lendária que a consagrou como “Rainha das Porta-Bandeiras”.

arquivo pessoal

Seu primeiro contato com o samba aconteceu no bloco Unidos de Dona Clara, ainda aos 7 anos. Aos 16 anos, estreou como porta-bandeira na União de Vaz Lobo, escola de sua mãe.

reprodução facebook

Na época, Vilma tinha que conciliar a paixão pelo samba com a carreira de dançarina na boate Night and Day. Lá, ela dançava com a bandeira da Portela.

reprodução facebook

Um dia, o bicheiro Natalino José do Nascimento, conhecido como Natal, que era o patrono da escola de samba de Madureira, soube disso e foi até a boate saber o que estava acontecendo.

divulgação

Ao ver a performance de Vilma, Natal ficou tão impressionado que quis contratá-la como a porta-bandeira oficial da escola de samba.

arquivo pessoal

A estreia na Portela aconteceu em 1957. Em 1988, Vilma já havia alcançado um status de mito do Carnaval depois de conquistar 15 notas 10!

flickr Luiz Pinto

No total, Vilma comemorou oito títulos de campeã pela escola do coração.

Paulo Namorado wikimedia commons

Ela não só ganhou muitos prêmios como também quebrou vários padrões da passarela, como na vez em que desfilou sem peruca ou quando pintou a própria cabeça de prateado.

reprodução tv globo

Vilma também foi a responsável por sugerir ao seu estilista a criação de um talabarte, uma faixa com um pequeno copo na ponta, onde ela encaixava o mastro de sua bandeira.

reprodução instagram

Após uma desavença com a diretoria, Vilma deixou a Portela em 1979, afirmando que nunca desfilaria como porta-bandeira em outra escola.

reprodução tv globo

Durante oito anos, ela manteve essa decisão, mas, 1988, aos 49 anos, Vilma decidiu retornar ao posto de porta-bandeira, desta vez pela Tradição, escola que ajudara a fundar em 1984.

reprodução tv globo

Sua volta foi marcada por um desfile triunfal, acompanhado por uma chuva de espumante e a presença de muitos jornalistas. Ao sair da avenida, ela foi ovacionada pelo então senador Fernando Henrique Cardoso.

Wigder Frota wikimedia commons

Sua elegância, leveza e postura impecável transformaram o jeito de ser porta-bandeira, inspirando gerações de sambistas que surgiram depois.

flickr Luiz Pinto

Vilma recebeu o apelido de 'Cisne da Passarela', dado pelo jornalista Valdinar Ranulfo, que buscou traduzir a beleza e a fluidez dos movimentos da sambista.

flickr Luiz Pinto

Há quem diga que Vilma não apenas levava o estandarte da Portela, ela o conduzia com poesia, transformando cada desfile em um momento mágico.

reprodução

Em 2023, Vilma passou por uma situação constrangedora enquanto fazia compras em uma loja no Aeroporto de Brasília.

Daniel Brooke Peig wikimedia commons

Uma funcionária do estabelecimento abordou a ex-porta-bandeira e pediu para que ela abrisse a bolsa e retirasse seus pertences para provar que não havia furtado nenhum item das prateleiras.

reprodução redes sociais

O episódio, que foi divulgado em um vídeo nas redes sociais pela filha da sambista, gerou uma grande comoção popular. Várias personalidades se manifestaram a favor da ex-porta-bandeira.

reprodução redes sociais

Na ocasião, Vilma voltava de um evento na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia da Consciência Negra.

Lula Marques / Agência Brasil

Após se aposentar das passarelas, Vilma se tornou baluarte da Portela, posição que demonstra o respeito e a admiração que a escola nutre por sua trajetória.

flickr Nicolau Drei

Sua presença no mundo do samba continua viva, inspirando novos talentos e perpetuando sua história como símbolo de força, talento e resistência.

Rio Carnaval / Divulgação