Notícias

Comércio de carne de cachorro pode acabar na Coreia do Sul


Flipar
reprodução new york post

Toda a polêmica vem depois de um aumento significativo de campanhas em prol dos direitos dos animais e preocupações sobre a reputação internacional da Coreia do Sul.

reprodução new york post

Alguns criadores de cães ficaram revoltados e afirmaram que pretendem recorrer à constituição e realizar protestos.

reprodução new york post

Tudo indica que as discussões acaloradas sobre a proibição devem continuar.

reprodução new york post

A tradição de consumir carne de cachorro na península coreana não é claramente permitida nem proibida na Coreia do Sul.

reprodução new york post

Estudos recentes revelam que há um crescente desejo de proibir essa prática, já que a maioria dos sul-coreanos já não consome mais carne de cachorro.

reprodução new york post

No entanto, as pesquisas também apontam que um em cada três sul-coreanos ainda se mostram contrários à proibição, mesmo que não consumam essa carne.

reprodução new york post

Nesta terça-feira (09/01), o projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Nacional com uma votação de 208 a 0.

reprodução new york post

Inclusive, o governo do presidente Yoon Suk-yeol já se mostrou a favor da proibição.

Korea net - Wikimédia Commons

"Esta lei visa contribuir para a realização dos valores dos direitos dos animais, que buscam o respeito pela vida e uma coexistência harmoniosa entre humanos e animais", diz um trecho do texto.

reprodução new york post

O projeto de lei propõe tornar ilegal o abate, a criação, o comércio e a venda de carne de cachorro para consumo humano a partir de 2027, com pena de 2 a 3 anos de prisão para quem violar essas regras.

reprodução new york post

Por outro lado, o projeto não especifica punições para o consumo da carne de cachorro.

reprodução new york post

"Nunca pensei que veria em minha vida uma proibição da cruel indústria de carne de cachorro na Coreia do Sul”, declarou JungAh Chae, diretor-executivo do escritório da Humane Society International (HSI) na Coreia.

reprodução new york post

“Essa vitória histórica para os animais é uma prova da paixão e determinação do nosso movimento de proteção animal", concluiu o diretor.

reprodução new york post

Mas nem todo mundo ficou feliz com nessa história. Um agricultor e líder de uma associação de agricultores expressou sua frustração com o projeto e disse se tratar de uma clara interferência do Estado, pois ‘limita a liberdade de escolha na profissão’.

reprodução new york post

Ele mencionou que os criadores de cães planejam apresentar uma petição ao tribunal constitucional e realizar protestos em forma de passeatas.

reprodução new york post

Apesar de não haver informações precisas sobre o tamanho real da indústria de carne de cachorro na Coreia do Sul, ativistas e fazendeiros alegam que centenas de milhares de cães são abatidos anualmente para o consumo de carne no país.

reprodução new york post

A Coreia do Sul é considerada uma das poucas nações com fazendas em escala industrial. Algumas propriedades chegam a ter mais de 500 cães para o abate!

reprodução new york post

Segundo a Associated Press, na maior fazenda de cães da Coreia do Sul, que tem mais de 7 mil cachorros, os cães são mantidos em gaiolas elevadas e recebem alimentação de restos de comida e frango moído, sendo raramente liberados para exercícios.

reprodução new york post

Em agosto de 2023, uma campanha contra o consumo de carne ganhou o apoio da primeira-dama sul-coreana, Kim Keon Hee.

flickr Jeon Han

A carne de cachorro é consumida em outros países da Ásia, como Vietnã, Indonésia, China e Coreia do Norte, além de algumas nações africanas como Congo, Gana, Nigéria e Camarões.

reprodução new york post

Também em 2023, as autoridades da Indonésia anunciaram o fim do abate de cães e gatos no mercado de animais Tomohon Extreme Market, localizado na ilha de Sulawesi.

reprodução new york post

Essa decisão foi tomada após uma campanha de vários anos liderada por ativistas locais e apoiada por celebridades em todo o mundo.

reprodução new york post