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Pra quem não viu: Índia confirma oxigênio no lado oculto da Lua


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Com o pouso no dia 23/8 Índia tornou-se o primeiro país a explorar o lado oculto do satélite, o que foi motivo para muita comemoração da equipe envolvida no projeto.

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O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apareceu festejando o feito, com a bandeira do país nas mãos.

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A Organização Indiana de Pesquisa Espacial havia publicado em 21/8 as primeiras fotografias feitas pelo módulo Chandrayaan-3.

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As imagens mostram pontos com enormes crateras. As fotos foram feitas pela câmera de detecção e prevenção de perigos de pouso do módulo.

Com esse sistema, a Índia deu o primeiro passo para se tornar o primeiro país a desvendar com sucesso uma área até então inexplorada da Lua.

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O país lançou no dia 14/7 o foguete com o objetivo de fazer verificações no polo sul lunar, com o chamado 'pouso suave', quando o veículo não é destruído na aterrissagem.

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O foguete estava programado para levar 29 dias até o destino final, com pouso programado para 23/8.

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O veículo decolou do Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no sul do estado de Andhra Pradesh, pouco depois das 6h (horário de Brasília).

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Além das multidões que se reuniram para assistir à decolagem histórica, mais de 1 milhão de pessoas acompanharam ao vivo pelo YouTube.

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O enorme foguete carregou um módulo de pouso, um módulo de propulsão e um pequeno veículo, conhecido como “rover”.

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Por natureza, a superfície lunar é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes.

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Existem regiões da lua que não recebem luz solar há bilhões de anos, fazendo com que as temperaturas fiquem extremamente baixas, podendo chegar a -203°C.

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A primeira missão desse projeto, chamado de Chandrayaan-3, ocorreu em 2008 e detectou a possível presença de água na superfície lunar.

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Segundo o professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, Akash Sinha, um dos estudos é sobre o congelamento da água.

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A exploração também pode dar mais detalhes sobre a formação do sistema solar.

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A preocupação da Índia em tornar a missão um sucesso é grande. Isso porque sua segunda expedição à Lua, em 2019, foi um fracasso: custou US$ 140 milhões e o foguete explodiu no pouso.

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A missão atual custou US$ 80 milhões. E a primeira missão, em 2009, custou cerca de US$ 79 milhões.

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Segundo o ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, K. Sivan, a viagem tornou-se mais barata porque o foguete usa a atração gravitacional da Lua para chegar à órbita lunar.

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Outra razão que torna essa missão mais barata é que o foguete atual usa o orbitador da missão Chandrayaan-2 para fornecer todas as comunicações entre o módulo de pouso, o rover e a sala de controle.

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A Índia é um dos poucos países que mantêm os custos baixos por fazer uso de foguetes menos potentes. O país também costuma reutilizar peças e componentes.

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O Chandrayaan-2, por exemplo, usou os princípios da mecânica orbital para minimizar o consumo de combustível e alcançar a Lua em 48 dias, em vez de alguns poucos dias.

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Todas as missões lunares realizadas até hoje pousaram mais perto do equador, onde o terreno e a temperatura são mais receptivos.

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Em 2018, a Índia estabeleceu um recorde mundial ao lançar 104 satélites em um único foguete.

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Todo o programa espacial da Índia tem um orçamento de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,2 bilhão).

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Caso suas missões sejam eficientes e bem-sucedidas, a Índia tem tudo para se posicionar como uma força importante na exploração espacial.

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